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Escócia relança debate sobre independência revelando vantagens económicas

Os nacionalistas escoceses relançaram hoje as suas aspirações independentistas divulgando um relatório sobre as vantagens económicas que resultariam da saída da Escócia do Reino Unido.

Escócia relança debate sobre independência revelando vantagens económicas
Notícias ao Minuto

17:42 - 25/05/18 por Lusa

Mundo Relatório

O documento de 354 páginas intitulado "Scotland: The New Case for Optimism" ("Escócia: Novas razões para estar otimista") foi encomendado pelo governo escocês dirigido pela nacionalista Nicola Sturgeon.

O relatório apresenta 50 recomendações para tornar a Escócia "o melhor dos pequenos Estados do mundo", fazendo comparações com a Dinamarca, a Finlândia ou a Nova Zelândia, e salienta que as finanças escocesas se vão ressentir do 'Brexit', o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

"O 'Brexit' vai prejudicar, a longo prazo, os nossos empregos e o nosso padrão de vida", escreve Andrew Wilson, o coordenador do relatório, cujo objetivo é "mostrar como se pode construir uma economia melhor, uma sociedade melhor e um futuro melhor".

O relatório recomenda, por exemplo, incentivos à imigração, em resposta aos receios de que o 'Brexit' implique uma redução na mão-de-obra disponível, receitas fiscais e gastos públicos.

As receitas da exploração de hidrocarbonetos no Mar do Norte seriam investidas num fundo soberano, como na Noruega, em vez de serem utilizadas para despesas correntes, como é atualmente o caso.

O relatório também propõe manter a libra esterlina como moeda durante "um período prolongado de transição" antes que seja posta em prática uma solução definitiva, que poderia implicar a criação de uma moeda escocesa.

O governo britânico rejeitou a possibilidade de a Escócia continuar a usar a libra em caso de independência.

O Partido Nacional Escocês (SNP) de Nicola Sturgeon rejeita, no entanto, a ideia de adotar o euro, ao mesmo tempo que pretende integrar a União Europeia.

Em 2014, no referendo realizado sobre a independência, 55% dos escoceses votaram contra.

Dois anos depois, no referendo relativo à saída da UE, 62% votaram para permanecer mas o Reino Unido, como um todo, votou a favor da saída (52%).

Nicola Sturgeon manifestou então a vontade de organizar um segundo referendo sobre a independência.

Uma ambição frustrada por alguns desaires, como o recuo do seu partido nas mais recentes eleições, ao mesmo tempo que as sondagens indicam que o eleitorado está pouco recetivo a uma nova votação.

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