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Já lá vão dois meses e Hassan continua a viver num aeroporto na Malásia

Em Kuala Lumpur, entre partidas e chegadas, há um homem que está simplesmente retido. O aeroporto é a sua casa há dois meses.

Já lá vão dois meses e Hassan continua a viver num aeroporto na Malásia
Notícias ao Minuto

13:13 - 09/05/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo Kuala Lumpur

Todos os anos, milhões de passageiros passam pelo aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia. Mas há pouco mais de dois meses (62 dias, para sermos precisos) que há um passageiro que simplesmente ficou.

Hassan Al Kontar, de 36 anos de idade, é o homem que se encontra nesta situação, tudo por culpa do limbo burocrático em que o colocaram - e que não tem solução à vista.

Hassan é sírio e trabalhava como marketeer, na área dos seguros, nos Emirados Árabaes Unidos, quando a guerra na Síria eclodiu, em 2011.

O regime de Bashar Al-Assad chamou-o para cumprir serviço militar mas Hassan não queria lutar na guerra civil e ficou. 

Ao recusar entrar na guerra civil, acabou por perder o passaporte. Agora está ali, no aeroporto na Malásia, sem autorização para sair do aeroporto e entrar, de facto, no país. Não consegue um visto e nenhuma companhia aérea o pode embarcar.

Hassan passa a maior parte dos dias no Terminal 2 do aeroporto. Dorme debaixo de escadas, toma banho nas casas de banho públicas já noite dentro, quando há poucos passageiros no aeroporto. Tem contado com ofertas de funcionários do aeroporto e de companhias aéreas para sobreviver. Pontualmente, ia ao McDonald's do aeroporto. Mas o dinheiro também já começa a escassear.

Entretanto, neste limbo em que os papéis (ou a falta deles) o colocaram, este sírio que não queria lutar na guerra civil ali está, à espera. No Twitter, mantém uma conta que vai atualizando para quem queira ouvir o que lhe aconteceu.

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