Corbyn afirmou que os resultados dos votos de quinta-feira "foram sólidos", graças à reconquista de Plymouth, no sul, e o controlo em Trafford e em Kirklees.
Porém, os trabalhistas não conseguiram "roubar" vários dos seus alvos aos rivais 'tories', nomeadamente os concelhos londrinos de Wesminster e de Wandsworth.
"Se olharmos para o panorama geral, o 'Labour' ganhou muitos assentos em todo o país, ganhámos muitos votos em lugares onde nunca tínhamos ganho", vincou.
Já o partido Conservador venceu em Barnet e em Redditch e garantiu o controlo de Basildon e de Peterborough, beneficiando da quebra de popularidade no Ukip.
A primeira-ministra, Theresa May, mostrou-se satisfeita, mas admitiu que o partido "não aceita nada como garantido", prometendo continuar a "trabalhar para as pessoas e manter este sucesso no futuro".
Uma projeção dos votos a nível nacional feita pela BBC mostra os dois principais partidos empatadas com 35%, enquanto que os Liberais Democratas garantiram 16%.
Os Lib Dems ganharam em quatro conselhos, incluindo as cidades de Kingston-upon-Thames e Richmond-upon-Thames, em Londres, enquanto que o Ukip perdeu quase todos os 126 assentos que tinha desde 2014.
Declarados os resultados de 149 autarquias, o Partido Trabalhista elegeu 2.310 vereadores, os Conservadores 1.330, os Liberais Democratas, 536, os Verdes 39, o UKIP três, enquanto outros partidos e independentes somaram 143 lugares.
Em Lambeth, a portuguesa Élia Carvalho não foi eleita, mas quer continuar envolvida na política, sobretudo na organização de eventos para mulheres do partido Conservador.
"Foi uma ótima experiência, tendo em conta que tinha poucas afiliações políticas, e permitiu-me conhecer muitas coisas na minha área. Vais ser difícil afastar-me totalmente dos problemas", disse à agência Lusa.
Em Tower Hamlets, onde a contagem de boletins ainda não está completa, Sofia Sousa e Carlos de Freitas, igualmente do partido Conservador, também não conseguiram ser eleitos.
Tiago Corais foi o único dos quatro candidatos portugueses a ser bem sucedido, tendo sido eleito vereador na área de Littlemore, em Oxford, com 59% dos votos.
Já participa em reuniões e foi bem acolhido pelo partido, que tem a maioria autárquica, mostrando-se animado com as perspetivas.
"Acho que vou conseguir fazer coisas porque o 'Labour' aqui é forte, mesmo se as coisas são decididas em grupo", disse à Lusa.
A candidata estima que a comunidade portuguesa na região ronde as 1.500 pessoas, incluindo estudantes, investigadores e enfermeiros, apesar de, oficialmente, só estarem recenseados 500.
"Não fiz campanha pelos portugueses, fiz para todos e não posso dizer que tenham feito a diferença. Quanto muito, consegui mobilizar alguns votos dos europeus", referiu.
Quando à eleição, considerou que conseguiu "realizar um sonho que era ter uma participação política e cívica mais ativa e efetiva".