A auto-crítica é necessária… mas apenas se vier lado a lado da auto-compaixão. Criticar os próprios atos, as próprias atitudes e os próprios pensamentos é um hábito que tem tanto de natural como de importante, mas apenas se não cair no exagero, uma vez que pode distorcer a forma como a pessoa se vê e como avalia as suas decisões.
Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo por universidades do Canadá, da Alemanha e dos Estados Unidos. De acordo com o levantamento feito – junto de 161 participantes com idades entre os 17 e os 34 anos – as pessoas que agiram com mais compaixão consigo mesmas mostraram sentimentos mais positivos depois da experiência, contudo, e embora defendam a compaixão como algo importante, não a consideram necessária para se auto-avaliarem.
Já aquelas que foram mais auto-críticas apresentaram sentimentos mais negativos, porém, disseram que se assim não fosse não conseguiriam ser ambiciosas ou estar motivadas.
De acordo com os investigadores, a auto-crítica incute força e responsabilidade às pessoas, embora possa ser nociva para a sua capacidade de impor limites, uma vez que as pessoas com mais compaixão são aquelas têm uma melhor saúde emocional, mais satisfação com a vida e um menor risco de depressão e ansiedade.
Diz o estudo, publicado na revista Health, que as pessoas devem ser auto-críticas naqueles momentos em que sabem que seriam capazes de fazer mais e melhor, mas que ao lado dessa crítica pessoal deve vir, obrigatoriamente, uma espécie de auto-consolo, uma compaixão própria e uma consciência de que se errou, mas que se pode fazer melhor sem ficar mal com isso.