Implantes cerebrais utilizados para combater a toxicodependência nos EUA
Pacientes com uma grave dependência recebem implantes cerebrais para ajudar a reduzir os seus desejos.
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Lifestyle Saúde
Já começaram a ser utilizados implantes cerebrais para combater a toxicodependência, avança a BBC.
Gerod Buckhalter, de 33 anos, luta contra o abuso de substâncias há mais de uma década e, depois de muitas recaídas e overdoses, foi operado no passado dia 1 de novembro no West Virginia University Medicine Hospital. De acordo com a mesma publicação, há mais três voluntários que se vão submeter à cirurgia.
O responsável pela cirurgia foi o médico Ali Rezai que descreveu o dispositivo implantado como o "pacemaker para o cérebro".
Segundo a BBC, a operação começa com os médicos a fazerem um pequeno orifício no crânio para inserir um minúsculo elétrodo de 1 mm na área específica do cérebro que regula impulsos como dependência e autocontrolo. Uma bateria é inserida sob a clavícula, e a atividade cerebral será monitorizada à distância, durante dois anos, por uma equipa de médicos, psicólogos e especialistas, para tentar perceber se os desejos diminuem.
A chamada estimulação cerebral profunda (DBS) foi aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento de uma série de problemas, incluindo a doença de Parkinson, epilepsia e transtorno obsessivo-compulsivo. Mas esta é a primeira vez que o DBS é aprovado para o combater o consumo de droga.
À BBC, Ali Rezai explicou que "este tratamento é para aqueles que falharam em todos os outros tratamentos, sejam medicamentos, terapia comportamental ou intervenções sociais. É um teste muito rigoroso, com supervisão de especialistas em ética e reguladores e muitos outros órgãos de governo".
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