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Trabalhadores da Amazon protestam contra condições laborais e salários

Centenas de trabalhadores da Amazon manifestaram-se hoje contra as suas condições laborais e salariais em Berlim, onde o patrão do grupo de comércio em linha, Jeff Bezos, deve receber um prémio.

Trabalhadores da Amazon protestam contra condições laborais e salários
Notícias ao Minuto

20:24 - 24/04/18 por Lusa

Economia Empresas

"Nós temos um problema internacional, temos um patrão que quer americanizar em todo o mundo as condições de trabalho. Isso significa um regresso [às] do século XIX", denunciou Frank Bsirske, dirigente do principal sindicato alemão dos serviços, o Ver.di, durante uma concentração perante a sede do grupo de comunicação social alemão Axel Springer, que vai premiar Bezos.

A entrega do prémio é uma "provocação" da parte de Axel Springer, considerou.

Com apitos e tambores, além de cartazes onde se exigia 'Make Amazon pay' ('Façam a Amazon pagar'), os empregados, cerca de 800 segundo o Ver.di, manifestaram-se ruidosamente enquanto Bezos, o homem mais rico do mundo, recebia o Prémio 2018 Axel Springer.

Esta distinção é entregue a personalidades que se destacaram no campo da inovação, no entender dos dirigentes deste grupo de comunicação, que possui o diário mais lido na Alemanha, o Bild.

Os manifestantes vieram dos seis unidades do grupo norte-americano na Alemanha, segundo o Ver.di, bem como de Itália e Polónia, onde a contestação está em crescendo entre os assalariados da Amazon, devido às condições de trabalho.

Andreas Nahles, dirigente do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), parceira de coligação de Ângela Merkel, considerou que Bezos "não merece qualquer prémio" devido, entre outras causas, às más condições de trabalho do grupo na Alemanha.

A central sindical francesa CFDT divulgou que esta concentração em Berlim visava "denunciar as práticas ilegais e as condições laborais desastrosas" dos empregados do grupo. Destacou ainda os "numerosos acidentes de trabalho não declarados" ou os empregados "que são controlados informaticamente e penalizados com base nestes registos".

O mal-estar laboral na Amazon já chegou a Itália e Espanha, a partir da Alemanha, onde o conflito, marcado por greves sucessivas, dura há anos.

Em março, os empregados espanhóis fizeram greve pela primeira vez, para protestar contra um novo acordo coletivo.

A Amazon, que tem na Alemanha o seu maior mercado fora dos EUA, ignora as reivindicações do sindicato Ver.di, com o qual recusa negociar.

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