Sem aumentos para 2019? "Dizer isto antes do 1º de Maio é um tiro no pé"
Mário Centeno disse, esta semana, aos parceiros sociais que não haverá lugar para aumentos salariais para a Função Pública no próximo ano. Para Luís Marques Mendes, o ministro da Economia só tem a perder ao tocar neste assunto agora, pois o Orçamento do Estado só é discutido em outubro.
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Economia Marques Mendes
Para Luís Marques Mendes foi “extemporâneo” o ministro da Economia dizer, esta semana aos parceiros sociais, que não haverá aumentos salariais para os funcionários públicos no próximo ano. E foi fora de tempo porque, explica, o “Orçamento do Estado, onda esta matéria se decide, é só [discutido] em outubro”.
Além de ter sido “extemporâneo”, Marques Mendes considera que foi também um “tiro no pé”, considerando ter sido pura “gasolina” lançar esta questão na véspera do 1º de maio.
Para o antigo ministro das Finanças, o Governo vai ter “muita dificuldade em explicar” por que razão os funcionários públicos não vão ser aumentados e isto deve-se a três fatores.
Primeiro, porque em 2019 se assinalam 10 anos em que a Função Pública não tem aumentos. Segundo, porque 2019 será o quinto ano consecutivo de crescimento da economia e, por fim, porque será o terceiro ano consecutivo com um crescimento acima de 2% da riqueza nacional.
“O Governo vai ter alguma dificuldade em explicar isto a um setor que é a sua base tradicional de apoio”, vaticinou.
As revelações de Luís Marques Mendes
Como é costume, o comentador do ‘Jornal da Noite’ da SIC fez algumas revelações sobre o que se passa nos bastidores da política nacional.
Assim, Marques Mendes revelou que, “em matéria de fundos estruturais, está praticamente fechado um acordo” e “em matéria de descentralização está próximo do quase”.
“Provavelmente daqui a duas semanas vamos ter estes dois acordos fechados entre o PS e o PSD”, revelou.
Sobre o Programa de Estabilidade, o comentador afeto ao PSD lembrou que é conhecido que a meta do défice para o próximo ano é de 0,7% e que a do crescimento económico é 2,3% até 2020. No entanto, há uma novidade, revelou. “Vou acrescentar mais um dado: em matéria de dívida pública está no anteprojeto do Programa de Estabilidade, daqui a cinco anos – em 2022 – vamos baixar para 102%”, apontou.
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