China apela ao diálogo com EUA em disputas comerciais
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês apelou hoje aos Estados Unidos que sentem à mesa para discutir as disputas comerciais com Pequim, que estão a abalar praças financeiras por todo mundo.
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Em conferência de imprensa, Geng Shuang disse que a China continua aberta ao diálogo com Washington, mas que "os EUA estão a deixar passar essa oportunidade uma e outra vez".
Pequim publicou hoje uma lista de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram 50.000 milhões de dólares (41 mil milhões de euros) nas importações chinesas, incluindo soja, aviões e automóveis, e que poderão sofrer um aumento das taxas alfandegárias, em retaliação contra medidas idênticas de Washington.
O porta-voz lembrou que o diálogo entre os dois países requer "respeito mútuo e tratamento igual, em vez de coerção unilateral".
"Nenhuma das partes deve ameaçar a outra com exigências insensatas e irracionais", afirmou.
Numa outra reação, o vice-ministro chinês das Finanças Zhu Guangyao lembrou que qualquer tentativa de países estrangeiros para pressionar a China em questões comerciais falhará.
Zhu lembrou que Pequim não cede a pressões exteriores e que estas "apenas incitarão o povo chinês a trabalhar ainda mais arduamente".
Na terça-feira, a representação dos EUA para o comércio internacional divulgou uma lista de importações chinesas às quais propõe aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana".
Esta lista, que atinge importações oriundas da China que, no ano passado, ascenderam a "quase 50 mil milhões de dólares", inclui 1.300 produtos de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas, explicou a entidade, em comunicado.
O acirrar das disputas entre as duas maiores potências comerciais do planeta está a abalar as praças financeiras por todo o mundo.
A bolsa de Xangai encerrou hoje a cair 0,18%. Os índices alemães DAX e FTSE 100 abriram a cair 1,2% e 0,4%, respetivamente.
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