Subida da receita 'dá' excedente de 258 milhões às contas públicas
A receita registou um crescimento superior ao da despesa o que resultou numa melhoria de 231 milhões em comparação com o mesmo período do ano passado. O Governo assegura que a despesa voltou a níveis pré-troika no Sistema Nacional de Saúde.
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Economia DGO
A execução em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou, até fevereiro, um excedente global de 258 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 231 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. Esta melhoria é explicada por um crescimento da receita (4,7%) superior ao da despesa (2,8%).
"O comportamento da receita acompanha a evolução favorável da atividade económica e do emprego. Até fevereiro, a receita fiscal do subsetor Estado cresceu 8,1%, tendo-se ainda observado um crescimento dos reembolsos de 20%, representando mais 230 milhões de euros", revela o Ministério das Finanças em comunicado.
A impulsionar a receita, destaque para a receita líquida do IVA, que aumentou 5,5%, acompanhada pelo crescimento no IRS e IRC. A receita beneficiou ainda do comportamento do mercado de trabalho, "visível no forte crescimento de 7,6% das contribuições para a segurança Social", refere a tutela.
Despesa no SNS atinge máximos do período pré-troika
As despesas no setor da saúde registaram um acréscimo de 4,3% no Sistema Nacional de Saúde (SNS), "bastante acima do orçamentado". O Ministério destaca o aumento das despesas com aquisição de bens e serviços e no investimento público.
Entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2018, a despesa no SNS aumentou 13,3%.
Valor do défice é "o adequado"
A divulgação da execução orçamental acontece um dia depois de o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ter anunciado o défice mais baixo da democracia em 2017. No ano passado, o défice ficou em 2,96% do PIB, mas retirando das contas a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos(CGD) o défice ficou em 0,92%.
Sobre os números do défice, as Finanças consideram que é "o adequado face às atuais condições económicas e financeiras do país" e que a política seguida contribuiu para a "criação de um clima de estabilidade e confiança".
[Notícia atualizada às 16h30]
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