Lucro das seguradoras quase triplicou este ano
O setor segurador registou lucros de 464 milhões de euros no primeiro semestre, quase o triplo face aos 168 milhões de euros do mesmo período de 2012, divulgou hoje a Associação Portuguesa de Seguradoras.
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Economia Primeiro semestre
Em conferência de imprensa, a associação que representa o setor sublinhou a melhoria do resultado líquido apesar dos 100 milhões de euros que custou às seguradoras o temporal de 18 e 19 de janeiro e 160 milhões de euros em impostos sobre o rendimento, devido ao aumento da carga fiscal sobre as empresas.
Para o lucro das seguradoras contribuiu uma operação de venda da carteira de Vida risco de uma seguradora (do grupo BES), no valor de 150 milhões de euros.
Sem esta operação de monetização do valor da carteira de produtos de Vida Risco feita no final de junho pela BES Vida (que transferiu todos os riscos à resseguradora alemã Munich Re), o resultado líquido teria sido de 314 milhões de euros entre janeiro e junho.
No ramo vida, o resultado da conta técnica (antes de impostos sobre o rendimento) aumentou 174 milhões de euros para 532 milhões de euros até junho, sendo que insere-se aqui a operação realizada pelo BES.
Já no segmento não vida, o resultado caiu 81 milhões de euros, para 15 milhões de euros. Os 100 milhões de euros de indemnizações pagas pelas seguradoras na sequência do temporal de janeiro estão refletidos nesta rubrica.
As seguradoras a operar em Portugal geriam no final do semestre 55,7 mil milhões de euros em ativos (mais 500 milhões de euros do que no fim de 2012), enquanto os capitais próprios permaneceram praticamente inalterados em 5,2 mil milhões de euros.
O rácio de solvência do setor fixou-se em 243%, o que segundo a APS significa que “os capitais de solvência disponíveis são quase duas vezes e meia os exigidos legalmente [100%]”.
Quanto aos resultados do setor segurador para o resto do ano, Seixas Vale considera que continuará positivo, mas antecipa que "não vai ter uma evolução tão favorável".
Os dados hoje divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradoras baseiam-se numa amostra de 92 por cento do setor, correspondentes às seguradoras supervisionadas pelo Instituto de Seguros de Portugal.
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