A IMOD "tem por missão contribuir para a melhoria da qualidade e competitividade da moda portuguesa e da indústria do têxtil e vestuário de uma forma geral, através do apoio ao lançamento de novos negócios, marcas e coleções de jovens designers e do fortalecimento da colaboração entre os designers e a indústria do têxtil e vestuário", refere uma nota de imprensa sobre este projeto.

A "esperança do presidente da autarquia de Santo Tirso, Castro Fernandes, expressa à agência Lusa, é a de que este seja "apenas mais um passo para Santo Tirso se torne um centro de moda em Portugal". O autarca recordou que neste concelho já "residiu o núcleo duro do têxtil português", afirmando que várias marcas de roupa produzidas em Santo Tirso ainda resistem em mercados de moda como Paris e Londres.

"Com a IMOD, que completa um projeto maior sediado na antiga Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Tirso [conhecida por Fábrica do Teles], agora batizada como Quarteirão Cultural e Criativo da Fábrica de Santo Thyrso, vamos criar um cluster moderno de moda e fixar indústrias criativas. Poderá não ser um projeto gerador de milhões de empregos, mas gera alguns e o processo é regenerativo: as empresas incubadas fazem a sua fase de maturação, crescem e seguem para locais próprios e surgem outras nesta incubadora", descreveu Castro Fernandes.

Assim, a IMOD contempla a incubação de novos negócios ou projetos criativos, laboratórios de prototipagem que cobrem todas as fases do processo produtivo, incluindo tecnologias de fabricação digital, espaço e meios para I&D e formação avançada na área da moda ou áreas complementares, criação de uma marca de referência no panorama da moda nacional, animação cultural e comercial e promoção da fábrica e dos projetos residentes.

A IMOD completa a primeira fase do Quarteirão Cultural e Criativo da Fábrica de Santo Thyrso, um projeto que já conta com uma outra incubadora, a de Empresas de Base Tecnológica, inaugurada em 2008 e que teve um custo a rondar os 2,5 milhões de euros, e a Nave Cultural e Industrial, aberta desde o ano passado, que custou cerca de três milhões à autarquia de Santo Tirso. A verba atribuída à IMOD, pela Câmara ronda os quatro milhões de euros, sendo que este projeto é cofinanciado pelo programa "ON.2 - O Novo Norte".

Para sexta-feira, dia de inauguração, está prevista a realização de um debate sobre moda e inovação com a presença de representantes das entidades parceiras da IMOD: Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil e Associação Têxtil e Vestuário do Norte, entre outras.

Entre os palestrantes convidados, destaque para o especialista em inovação Sandro Mendonça, do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de lisboa), e para a designer de moda Alexandra Moura, da ESART-IPCB (Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco).

De acordo com o programa oficial, o evento inclui, ainda, a apresentação do livro de Atas do Seminário Internacional.