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Plano de recuperação permite reduzir dívida para metade e investir mais

A operadora de telecomunicações brasileira Oi informou hoje que o plano de recuperação judicial aprovado esta madrugada na assembleia-geral de credores no Brasil permite reduzir a dívida para metade e assegurar um "novo patamar de investimentos".

Plano de recuperação permite reduzir dívida para metade e investir mais
Notícias ao Minuto

12:13 - 20/12/17 por Lusa

Economia Oi

"O plano aprovado viabiliza um fluxo de caixa adequado para a Oi, permitindo os pagamentos da dívida remanescente e assegurando um novo patamar de investimentos", salienta a operadora, em nota hoje enviada à imprensa.

No documento, divulgado horas depois da aprovação do plano de recuperação judicial com ajustes na assembleia-geral de credores no Rio de Janeiro, no Brasil, a empresa precisa que "os créditos listados na recuperação judicial da Oi totalizavam 64 mil milhões de reais [16,4 mil milhões de euros], que incluíam 49,4 mil milhões de reais [12,7 mil milhões de euros] de dívida financeira", sendo que "o restante englobava passivos trabalhistas, de fornecedores, regulatórios e cíveis".

"Com o plano, os 49,4 mil milhões de reais caem para 23,9 mil milhões de reais [6,1 mil milhões de euros], permitindo reduzir a alavancagem financeira líquida [...] para menos de três vezes do Ebitda", isto é, dos lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, acrescenta a empresa.

Segundo a Oi, o restante passivo será reduzido através da amortização ou do "alargamento do prazo na forma do plano e de acordo com a capacidade de geração de caixa da companhia".

O prazo médio da dívida ficará, assim, acima de 10 anos.

No que toca ao investimento, prevê-se que a média anual passe de cinco mil milhões de reais (1,3 mil milhões de euros) para sete mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) no próximo triénio.

"Os novos recursos serão destinados a projetos estratégicos, como expansão da fibra ótica, aumento da cobertura 4G e projetos de digitalização", assinala a operadora.

A empresa estima, ainda, "recursos adicionais para investimentos", que provêm da capitalização da dívida, num total de quatro mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros) em aumento de capital suportado por parte dos obrigacionistas e de outros 2,5 mil milhões de reais (64 milhões de euros) assegurados pelo "mercado de capitais".

"Além de garantir o fortalecimento futuro da Oi e de estar em conformidade com os mais altos padrões de governança, o plano mantém a equidade entre as partes envolvidas, sendo positivo para todos", vinca a empresa.

Falando sobre os credores, a empresa indica que "há previsão de recuperação de crédito".

Citado pelo comunicado, o presidente da Oi, Eurico Teles, salienta que a aprovação do plano significa que a empresa "virou uma página e começará a escrever uma nova história".

"Este é um momento histórico para a Oi e para as telecomunicações no Brasil, que marca o momento em que a Oi voltará a ocupar lugar de destaque no mercado e a ser reconhecida pela importância que ela tem para o país", afirma.

Sobre os ajustes introduzidos, Eurico Teles vinca que "o melhor caminho para este plano é o negociado", ressalvando, contudo, que as sugestões aceites foram as "pertinentes" e que não afetam "o fluxo de caixa futuro da companhia".

A Oi dá ainda conta que a aprovação foi anunciada pelas 02:22 de quarta-feira (23:22 em Lisboa) pelo advogado Arnold Wald Filho, do escritório nomeado como administrador judicial, após a assembleia-geral que durou 15 horas.

Este plano resulta de um pedido judicial feito pela operadora de telecomunicações brasileira em junho do ano passado.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

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