Afinal, oferta do Softbank pode trazer más notícias para a Uber
Quando foi anunciada a intenção de fechar negócio, os especialistas interpretaram a abordagem como um sinal positivo. No entanto, a realidade é diferente do esperado.
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Economia Estados Unidos
Há cerca de duas semanas, quando se falou pela primeira vez no interesse do Softbank em comprar uma participação significativa na Uber, o negócio parecia um balão de oxigénio.
O último ano da Uber não foi fácil, com as sucessivas polémicas a levarem à substituição do presidente executivo e as dificuldades em vários mercados a obrigarem a uma reorganização estratégica de efeitos imprevisíveis. Com um investidor disposto a pagar muitos milhões por uma posição forte, os especialistas voltaram a ter esperança na capacidade da Uber de atrair capital e reassumir-se como a mais aliciante empresa não-cotada do mundo.
A realidade, no entanto, não parece ser tão maravilhosa.
Segundo duas fontes com conhecimento do negócio, citadas pelo New York Times, a oferta inicial do Softbank tem em conta uma avaliação da Uber muito mais baixa do que a base dos últimos investimentos, sinal de que a empresa fundada pelo polémico Travis Kalanick perdeu bastante valor com as acusações de assédio e vários outros problemas nos últimos meses.
As últimas compras de capital da Uber tiveram como base uma avaliação a rondar os 58,8 mil milhões de euros, mas o Softbank terá feito uma oferta baseada num valor total de 40 mil milhões. O desconto é significativo, e mesmo que uma renegociação aumente a base da oferta, dificilmente a Uber conseguirá convencer a empresa japonesa a pagar a avaliação anterior.
O negócio poderá mesmo avançar com os valores agora revelados, deixando o Softbank e a parceira Dragoneer Investment com cerca de 14% do capital da Uber.
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