Défice: “Quem está a conduzir a viatura sabe bem como a vai conduzir”
António Costa respeita as opiniões de Bruxelas e do Conselho de Finanças Públicas sobre o défice, mas considera que a situação não é tão preocupante agora como foi em anos anteriores. Espera que Portugal volte a acolher a Web Summit além do próximo ano.
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Economia António Costa
O Conselho de Finanças Públicas e a União Europeia mostram uma visão mais conservadora face à forma como Portugal está a conduzir o défice. O Conselho de Finanças Públicas fala numa redução do défice estrutural inferior à exigida e Bruxelas destaca a discrepância entre as suas previsões para o défice no próximo ano (1,4%) e as do Governo (1%).
Mas António Costa confia na fiabilidade da viatura que conduz. “Quem está a conduzir a viatura sabe bem como a vai conduzir, quem vai a observar a condução tem obviamente um ponto de vista diferente e não tem em conta todos os recursos que o condutor tem para a condução da viatura”, disse o primeiro-ministro em declarações prestadas à margem da Web Summit.
António Costa realçou ainda que as preocupações de Bruxelas não são as mesmas de outrora. “Se nós compararmos hoje o sinais dados pela União Europeia com os sinais dados em 2017 e 2016, vemos que estamos muito longe do nível de preocupação registado na altura”.
Já sobre a visão do Conselho de Finanças Públicas, o primeiro-ministro entende o seu papel mais “conservador” e “prudente”. “O papel do Governo é ter em conta os riscos mas concentrar-se na execução das boas políticas que nos têm permitido ter bons resultados. É graças a isso que temos vencido sempre as expetativas negativas”.
António Costa destacou que o Executivo que dirige não se tem afastado dos números que tem apresentado. “Apenas quando melhoramos” os números, afirmou, acrescentado que Portugal vai continuar “paulatinamente a reduzir” o défice.
O líder do Governo quer que a Web Summit continue a realizar-se em Portugal além de 2018 e explicou a sua importância para a economia nacional. "A Web Summit é um grande ativo e deve ser conservado. Estou otimista sobre isso", salientou.
“Ajuda a projetar a imagem do país em todo o mundo e ajuda a abrir oportunidades a empresas portuguesas um pouco por todo o mundo. Ajuda a consolidar uma trajetória em que muitas grandes empresas da área das novas tecnologias e da engenharia têm vindo a escolher Portugal para instalarem centros de desenvolvimento e de serviços”, disse António Costa.
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