Após transferência de Neymar, Moscovici fala em uniformização de impostos
O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros criticou hoje, a propósito da transferência do futebolista brasileiro Neymar, a inexistência de uma uniformização sobre o pagamento de impostos de cidadãos ou empresas estrangeiras nos países nos quais trabalham.
© Reuters
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Pierre Moscovici, que falava sobre uma alegada fuga aos impostos em França da plataforma digital de alojamento AirBnb, referiu-se em concreto à recente à transferência do futebolista Neymar do FC Barcelona para o Paris Saint-Germain (PSG), por 222 milhões de euros.
"Que o Neymar pague impostos em França, não sei se deve ou não ser motivo de alegria, só acho que precisa de ser regra", disse Moscovici, acrescentando: "É intolerável a inexistência de uma uniformização nesta matéria".
Pierre Moscovici lembrou que em março foi apresentada uma proposta destinada a aumentar a transparência no quadro das estratégias fiscais, nomeadamente no que se refere a grandes jogadores.
Na quinta-feira, o ministro das Finanças de França congratulou-se com o impacto fiscal que terá a transferência do futebolista brasileiro do FC Barcelona para o PSG, que acionou a cláusula de rescisão de 222 milhões de euros.
"Se Neymar chega a um clube francês, então o ministro das Finanças congratula-se com os impostos que pagará em França", disse Gérald Darmanin, numa altura em que a transferência, entretanto, efetivada, ainda não estava concluída.
Segundo um cálculo publicado pelo jornal Le Figaro, a chegada de Neymar ao PSG permitirá às finanças públicas francesas encaixarem 300 milhões de euros em cinco anos, 100 deles referentes aos 222 milhões da cláusula de rescisão.
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