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Trabalhadores da PT em Setúbal exigem intervenção do Governo

Cerca de três dezenas de trabalhadores da PT/Meo concentraram-se hoje em Setúbal para exigir a intervenção do Governo com o objetivo de impedir a transferência de 155 trabalhadores para outras empresas.

Trabalhadores da PT em Setúbal exigem intervenção do Governo
Notícias ao Minuto

16:59 - 27/07/17 por Lusa

Economia Comunicação

"Queremos que o poder político - depois das palavras do senhor primeiro-ministro, que foram extremamente importantes e, quanto a nós, um bom recado à Altice e à gestão da PT - passe das palavras aos atos", disse à agência Lusa Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do grupo Portugal/Telecom, que marcou presença na concentração após uma reunião plenária de trabalhadores da PT em Setúbal.

"O senhor primeiro-ministro tem de exigir que a PT mude de atitude e tenha uma gestão totalmente diferente, mais consensual com as organizações dos trabalhadores e com os próprios trabalhadores", defendeu, lembrando que os quadros da PT transferidos para outras empresas podem perder todas as regalias que têm ao fim de um ano.

Para António Moura, do SINTTAV, Sindicato Nacional das Telecomunicações e Audiovisual - um dos oito sindicatos envolvidos nos protestos contra a administração da francesa Altice (dona da PT) -, "há um longo caminho a percorrer para que seja possível reverter as medidas anunciadas pela administração da PT".

"Existe um aproveitamento manhoso, habilidoso, por parte da PT/Meo/Altice, do artigo 285 do Código do Trabalho, porque o espírito do legislador não foi, com certeza, que uma empresa da dimensão da PT criasse unidades de negócio virtuais, e que lhe chamasse unidades de negócio, para depois retirar os trabalhadores para essas pseudoempresas, esvaziando o número de trabalhadores da PT, que, no futuro, terá mais valor se for vendida com menos trabalhadores", acusou António Moura.

"Os trabalhadores que saírem, ao fim de um ano - se essas empresas não tiverem disponíveis para negociar a convenção coletiva de trabalho -, perdem os direitos que estão do Contrato Coletivo de Trabalho", acrescentou o dirigente do SINTTAV.

Solidário com o protesto dos trabalhadores da PT, o deputado do PCP Bruno Dias, eleito por Setúbal, também se juntou à concentração para defender "uma ação concreta das autoridades competentes e dos governantes".

"Perante as leis em vigor, o Governo e as autoridades competentes têm plena capacidade para intervir e agir, fazendo frente a esta fraude e a esta ofensiva que está a ser levada a cabo contra os trabalhadores", disse o parlamentar comunista.

"[O que a Altice está a fazer] é uma autêntica fraude à lei, porque as disposições em vigor não permitem fazer o que está a ser feito. Tem que haver uma intervenção rápida e decidida das autoridades e tem de haver vontade política para isso", defendeu o deputado do PCP.

Segundo revelou hoje o jornal "O Público", PCP e BE defendem a revisão do código trabalho para travar os 'despedimentos encapotados e fraudes' na PT, mas o PS prefere esperar pela avaliação da situação que está a ser feita pela ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho.

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