Marcelo quer "continuidade" nas políticas de gestão "favorável" da dívida
O Presidente da República defendeu hoje que deve haver uma "continuidade" nas políticas em Portugal, realçando a "preocupação" do anterior e do atual governos de gestão da dívida portuguesa "de uma forma favorável" ao país.
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Economia Presidentes
"É bom haver uma continuidade nas políticas em Portugal", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Beja, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, após ter sido questionado sobre o relatório do grupo de trabalho de PS e Bloco de Esquerda sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa.
Nesta lógica, frisou, "o Governo anterior tinha uma preocupação, que este Governo também tem, que é a de, olhando para a gestão da dívida, nomeadamente agora pensando na gestão imediata este ano, de encurtar prazos, de diminuir juros, de amortizar a dívida mais cara, como é a do Fundo Monetário Internacional, de gerir a dívida de uma forma que seja favorável a Portugal".
Questionado sobre a acusação feita pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, de que o Governo PS quer "deitar a mão" às reservas do Banco de Portugal (Bdp) para "ajudar a compor" o défice, o chefe de Estado respondeu que "há, obviamente, da parte de todos, a ideia de que é bom que haja uma almofada no Banco de Portugal para fazer face a uma subida de juros".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "há um consenso em Portugal" de que a previsão de uma situação de crescimento da economia europeia e de aumento de juros deve "levar o BdP a ter uma almofada financeira que proteja [Portugal] contra esse aumento de juros".
"Penso que essa é a preocupação do Governo e da oposição", frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
O relatório do grupo de trabalho, apresentado na sexta-feira, propõe a reestruturação da dívida portuguesa em 31%, para 91,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e pede ao Governo "cenários concretos" de reestruturação para serem utilizados em discussões europeias.
O chefe de Estado voltou a mostrar-se satisfeito com a descida da taxa de desemprego de fevereiro deste ano em 0,1 pontos percentuais para 9,9%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2009.
"Quem é que não está satisfeito [com a descida da taxa de desemprego]?", questionou, sublinhando que "é evidente que o facto de diminuir o desemprego e aumentar o emprego quer dizer que está a crescer a economia", o que "é bom".
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