Estimativa de crescimento do investimento privado é a melhor desde 2008
O primeiro-ministro defendeu hoje que a estimativa de crescimento do investimento privado na economia portuguesa é a melhor dos últimos nove anos, registando-se aumentos em aquisições de máquinas e equipamentos e no setor da construção.
© Global Imagens
Economia Costa
António Costa referiu estes indicadores no debate quinzenal, na Assembleia da República, após intervenções dos deputados socialistas Fernando Anastácio e Lara Martinho sobre investimento e investigação científica nos Açores.
Apesar de ter advertido que os dados económicos existentes para 2017 são ainda preliminares, o primeiro-ministro advogou mesmo assim que tudo indica que as perspetivas de crescimento do investimento "serão melhores do que as do ano passado, sobretudo ao nível do investimento".
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) - referiu o líder do executivo -, o país "tem a melhor estimativa de investimento privado dos últimos nove anos, tendo já nos primeiros dois meses de 2017 sinais que concretizam essa expectativa".
"Os investimentos em máquinas e equipamentos aumentaram 15 por cento e o investimento em construção está agora a subir seis por cento. Concluímos que temos boas razões para acreditar que, prosseguindo a atual política, conseguiremos ter estabilidade política, estabilidade macroeconómica, reforçando o clima de confiança", sustentou António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro, ao contrário da previsão feita por algumas correntes de opinião, a atual solução de Governo, suportada no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e PEV, "não afastou o investimento".
"Pelo contrário, esta solução ao assegurar estabilidade política e uma perspetiva de crescimento sustentado da economia levou a um aumento da confiança dos consumidores, o que melhorou o clima económico. Em 2015, a principal causa pela qual os investidores privados não investiam relacionava-se com o facto de não sentirem da parte dos consumidores um clima de confiança", sustentou o líder do executivo.
O primeiro-ministro defendeu depois que, além do aumento do investimento privado em 2016, também se registou um aumento da criação de emprego.
"A criação de emprego traduz a confiança das empresas de que o atual crescimento não é de curto prazo, mas que veio para ficar. Se compararmos 2016 com 2015, verificamos que o investimento privado cresceu de 1,7 por cento para 6,3 por cento. Também podemos verificar no quarto trimestre do ano passado, a formação bruta de capital fixo cresceu 15,2 por cento relativamente ao período homólogo de 2015", acrescentou.
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