BCP com o maior nível de imparidades da sua história em 2016
O Banco Comercial Português (BCP) constituiu imparidades no montante de 1,6 mil milhões de euros em 2016, o valor mais elevado da sua história, conforme realçou hoje o presidente do banco, Nuno Amado.
© Reuters
Economia Nuno Amado
"O banco fez em 2016 o maior nível de imparidades da sua história", sublinhou o gestor durante a conferência de imprensa de apresentação das contas do ano passado, em Lisboa.
O agravamento na situação das empresas de alguns setores, como a construção e a promoção imobiliária, a que o banco tem tradicionalmente uma forte exposição, bem como as dificuldades vividas pelas empresas portuguesas nalguns mercados (como os africanos e a Venezuela) que tiveram "grandes dificuldades" em 2016 justificaram esta opção, explicou Nuno Amado.
"Há também uma exigência [regulatória] para haver um nível de coberturas maior e também há a mudança de auditores, que acarreta uma mudança de visão que há que acompanhar", acrescentou.
Segundo Nuno Amado, "o fundamental é perceber que mais de 90% da imparidade criada este ano tem a ver com imparidades que já estavam no banco antes de 2010".
Nuno Amado vincou que houve "uma concentração e exposição de risco nalguns segmentos que, na altura, se considerou adequada, mas que se agravaram com a crise".
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