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Regresso aos mercados "afecta de imediato bancos e empresas"
O ministro das Finanças disse esta quinta-feira que o regresso de Portugal aos mercados afecta positivamente o financiamento dos bancos e as taxas de juro que estes cobram às empresas pelo crédito concedido, apesar de os juros ainda continuarem elevados.
© DR
Economia Gaspar
"A emissão de dívida a dez anos constitui assim um passo decisivo para o acesso pleno da economia portuguesa a financiamento nos mercados internacionais. Esta normalização afecta de imediato os bancos e as grandes empresas não financeiras", afirmou Vítor Gaspar, numa conferência organizada pela Confederação Empresarial de Portugal.
"Constitui um sinal de confiança no futuro do euro e no progresso do ajustamento português realizado nos últimos dois anos", adiantou.
Vítor Gaspar disse ainda que a confiança acrescida advinda da emissão de dívida a dez anos - a primeira neste prazo desde o pedido de ajuda financeira em abril de 2011 - "permitirá diminuir as margens financeiras que se aplicam às pequenas e médias empresas dependentes do financiamento bancário" e que existe já uma "generalização da melhoria das condições de financiamento à actividade produtiva" que irá permitir recuperar investimento e criar emprego.
Ainda assim, apesar de verificar já uma descida nos juros exigidos pela banca nos empréstimos às empresas, estes continuam elevados.
"As taxas de juro de empréstimos bancários às empresas não financeiras iniciaram uma trajectória descendente, porém são ainda elevadas, pelo que a melhoria das condições de financiamento é ainda um desafio por resolver", afirmou o governante.
Para que estas taxas de juro desçam para níveis sustentáveis, Vítor Gaspar voltou a defender também a urgência no completar do processo da União Bancária europeia, e uma maior integração financeira, e que a Europa deve caminhar em direcção a uma verdadeira União Financeira, tal como já havia feito em ocasiões anteriores.
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