Voos domésticos da Binter em Cabo Verde arrancam sábado
Os voos domésticos da companhia aérea Binter Cabo Verde arrancam no sábado com a inauguração da rota Santiago - São Vicente - Sal, anunciou hoje a empresa em conferência de imprensa na cidade da Praia.
© Reuters
Economia Aviação
A empresa começa a voar entre as ilhas cabo-verdianas depois de segunda-feira ter recebido a certificação da Autoridade de Aviação Civil para operar no arquipélago.
"Vamos começar no sábado as ligações inter-ilhas com um aparelho com capacidade para 72 pessoas. Vai ser o início do que esperamos seja um sucesso", disse o diretor-geral da Binter CV, Raul Zapico.
O responsável falava ao final da tarde de hoje na cidade da Praia durante a apresentação aos jornalistas da operação em Cabo Verde da companhia área com sede nas Canárias.
As ligações da Binter CV, que promete preços competitivos nas ligações entre as ilhas cabo-verdianas, arrancam dois anos depois de a empresa se ter instalado no país.
Desde 2015, que o arranque dos voos vinha sendo anunciado e posteriormente adiado.
Os voos entre as várias ilhas cabo-verdianas eram assegurados até agora em exclusivo pela empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).
A companhia vai arrancar a operação com um avião, estimando que na próxima semana possa começar a operar um segundo aparelho.
"Na próxima semana contamos ter já dois aviões a voar em Cabo Verde. Os aviões vão fazer duas ligações diárias entre Santiago, São Vicente e Sal", adiantou Raul Zapico.
A ideia, segundo o diretor-geral da Binter CV, é permitir aos passageiros deslocar-se de uma ilha para a outra e regressar no mesmo dia.
Raul Zapico adiantou ainda que faz parte do projeto da empresa ter ligações entre todas as ilhas cabo-verdianas, devendo para o efeito chegar em janeiro ao arquipélago um terceiro avião para aumentar as ligações entre as três ilhas principais (Santiago, São Vicente e Sal) e fazer também a ligação com as ilhas menores do Maio, São Nicolau e Fogo.
Segundo o responsável da Binter, a ideia é proporcionar mobilidade, regularidade e pontualidade num mercado atualmente com 300 mil passageiros, mas que a companhia estima venha a aumentar para 600 a 700 mil passageiros.
"A concorrência faz as empresas baixar os custos e se os custos baixam, os preços das passagens baixam também e com essa baixa de preços, mais cabo-verdianos vão ter a opção de viajar inter-ilhas", sublinhou Raul Zapico.
A companhia adianta que terá cinco tarifas e promete que serão "bastante competitivas", permitindo aos cabo-verdianos viajar mais no arquipélago.
O investimento da Binter na operação em Cabo Verde ascende a três milhões de euros e Raul Zapico prevê receitas de cerca de 20 milhões de euros em 2017.
A operação deverá começar a conseguir equilibrar os custos e os resultados a partir de 2018, segundo o mesmo responsável.
Questionado sobre o longo processo de implantação da companhia em Cabo Verde, Raul Zapico explicou que foi motivada pelas exigências de segurança inerentes a uma empresa de aviação e pela necessidade de adaptação à legislação cabo-verdiana (mais do tipo norte-americana) de uma empresa que trabalha sobretudo com legislação europeia.
Com sede nas Canárias a companhia área Binter está presente em Cabo Verde desde 2012 quando começou a oferecer ligações internacionais com o arquipélago canário.
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