Economista adverte que Portugal "precisa de apoio" dos fundos de coesão
O chefe da divisão da política de desenvolvimento regional da OCDE, Joaquim Oliveira Martins, defendeu hoje que "um país como Portugal precisa de apoio" e que uma suspensão de fundos terá "um impacto negativo".
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Economia Sanções
"Retirar os fundos vai ter um impacto negativo e não vai ajudar este período difícil que o nosso país está a atravessar", afirmou o responsável da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) à Lusa.
Oliveira Martins, que falava no final de uma sessão sobre políticas de coesão durante a Semana Europeia das Regiões e Cidades a decorrer em Bruxelas, defendeu que "um país como Portugal precisa de apoio nesta fase de ajustamento estrutural, que é exigente", recordando os "choques enormes" que o país teve que ultrapassar nos últimos anos.
"Os anos 90 foram anos bastante propícios, mas a acumulação destes choques todos, e sobretudo depois da crise, (...) em termos de ajuste de uma pequena economia como Portugal, é duro", referiu o economista.
O chefe da divisão das políticas de desenvolvimento regional destacou ainda que depois do alargamento da União Europeia aos países de Leste, com concorrência direta em vários setores, à China e a adesão ao Euro, Portugal perdeu competitividade.
A par disso, "também não houve incentivos dentro do país para investir no setor transacionável", sendo este "que engloba indústria e serviços onde há mais produtividade".
"Houve este choque, mas graças aos fundos houve um aumento de produtividade", salientou.
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