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Presidente da EDP diz que Portugal tem um índice energético competitivo

O presidente executivo da EDP, António Mexia, disse hoje, em Leiria, que Portugal tem um índice energético competitivo e que o custo da eletricidade não pode ser o "bode expiatório" para a falta de competitividade.

Presidente da EDP diz que Portugal tem um índice energético competitivo
Notícias ao Minuto

23:40 - 22/09/16 por Lusa

Economia António Mexia

"Sejamos muito claros, a energia em Portugal para os industriais é mais baixa do que na União Europeia. Uma indústria portuguesa, em média, está abaixo do valor da Europa. Isso é muito claro na comparação com Espanha e, em particular, para as PME [pequenas e médias empresas]", adiantou António Mexia, no jantar conferência organizado pela D. Dinis Business School.

António Mexia sublinhou ainda que "Portugal tem preços mais baixos que os nossos principais concorrentes".

"Ninguém pode dizer que tem problema de competitividade por causa do preço energético, quando a energia tem um peso de 8%".

O presidente da EDP revelou ainda que, de acordo com um estudo em que a empresa participou e em que "punha os vários setores da indústria portuguesa em comparação com outros setores", foram evidentes "diferenciações setorialmente e que Portugal paga menos que os outros países".

Já no gás, Portugal "paga mais do que a média europeia".

Para António Mexia, a "narrativa da energia deu jeito a muita gente" e acabou por servir como um "bode expiatório", mas "o custo da energia não tem a ver com a falta de competitividade das empresas".

Admitindo que a EDP também tem problemas, o gestor lembrou o investimento de 200 milhões de euros na região de Leiria para evitar os cortes energéticos que afetavam as empresas.

"Gostava de deixar claro que o facto de Portugal tem um índice energético das renováveis e não está mal posicionado na sua estrutura de custo. Os nossos preços são extremamente competitivos", garantiu ainda.

Além disso, "os industriais em Portugal têm uma vantagem, pois o chamado sobrecusto das renováveis é pago por todos nós contribuintes, ao contrário do que sucede noutros países".

O "conhecimento e a eficiência" são as "duas coisas fundamentais" para a competitividade, vincou.

O presidente da EDP aponta um "top five" como as lacunas do país. "Capital, capital, capital são as três coisas que faltam a Portugal e depois gestão e processo mental."

"Só consigo ter mais produtividade se tiver mais investimento e isso depende do capital. Temos um problema enorme de ausência de capital. Somos uma economia descapitalizada", referiu António Mexia, criticando o sistema tributário português, que leva as grandes empresas a deslocalizarem as suas sedes para o estrangeiro.

A "falta de liderança" foi também um dos problemas apontados pelo gestor: "o problema não está nunca em quem trabalha nas empresas, está é nas chefias e, em Portugal, isso está bastante claro, sobretudo nas grandes empresas. Temos falta de capital, mas também falta de competência".

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