Quer tornar-se banqueiro? Então é melhor não usar sapatos castanhos
Estudo realizado nos Estados Unidos mostra que muitos bancos ainda estão presos às regras antigas de vestuário e excluem os candidatos... só pelo que calçam.
© PixaBay
Economia Estados Unidos
Pode não parecer um detalhe importante para ser banqueiro, mas a verdade é que todos os anos vale a exclusão a dezenas de candidatos qualificados que concorrem a vagas no sistema financeiro norte-americano.
Segundo um estudo da Comissão de Mobilidade Social do Reino Unido, a maior parte dos grandes bancos a operar nas ilhas britânicas e nos Estados Unidos não aceitam candidatos que calcem sapatos castanhos em entrevistas de trabalho, com a justificação desse tipo de calçado não encaixar na indumentária 'clássica' dos banqueiros.
"É chocante que alguns gerentes de bancos ainda julguem os candidatos segundo o calçado castanho e o fato, ao invés de olharem para as suas capacidades e potencial", afirma um dos autores do estudo, Alan Milburn.
O estudo mostra ainda que os candidatos de classes sociais mais baixas são quem tendencialmente leva sapatos 'inapropriados' para as entrevistas de trabalho na banca, por desconhecimento das rígidas regras. Por isso mesmo, "jovens brilhantes de classe média estão sistematicamente a ser excluídos de lugares de topo na banca".
"Tudo isto acontece apenas porque as pessoas não andaram numa mão cheia de universidades de elite nem percebem regras culturais arcaicas", reforça Alan Milburn, diretor da Comissão de Mobilidade Social do Reino Unido.
Ainda assim, existem bancos na linha da frente da mudança do paradigma atual e que alimentam a esperança de alterações profundas no futuro. O JP Morgan deixa os trabalhadores vestirem-se de forma casual na maior parte do tempo e o Goldman Sachs criou o 'verão casual' para dar liberdade extra aos trabalhadores; no Barclays e UBS, não existe sequer código de vestuário, apesar de ser esperado "algum profissionalismo" na escolha de roupa, explica o MarketWatch.
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