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Relação Portugal/EUA pode ser "facilmente potenciada"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defendeu hoje que a relação entre Portugal e os Estados Unidos ainda é pequena e pode "facilmente ser potenciada", apontando a afirmação de empresas portuguesas dos setores tecnológicos e energias renováveis.

Relação Portugal/EUA pode ser "facilmente potenciada"
Notícias ao Minuto

20:25 - 26/07/16 por Lusa

Economia Santos Silva

A relação bilateral "tem crescido", mas "fez-se a partir de um ponto de partida muito reduzido" e "ainda representa, em volume, uma relação de pequena dimensão", que "pode facilmente ser potenciada", afirmou hoje o chefe da diplomacia portuguesa, no lançamento do "Manual de Apoio à Internacionalização para os Estados Unidos da América", que decorreu na sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa.

Para Santos Silva, a relação tem sido potenciada "nos últimos tempos", quer no chamado "mercado da saudade", junto das comunidades portuguesas naquele país - que representam cerca de três milhões de pessoas -, mas também "pela afirmação, num mercado tão exigente como o dos Estados Unidos, de empresas que estão na ponta da tecnologia, designadamente na área das tecnologias de informação e comunicações, ou na área da energia renovável".

"Quer no domínio das trocas quer no domínio do investimento, a relação entre Portugal e os Estados Unidos é chave para o processo de internacionalização da economia portuguesa", sublinhou o ministro.

Antes, o governante destacara a "importância crítica" da internacionalização da economia portuguesa.

"Só assim conseguiremos consolidar os resultados dos últimos três anos, no sentido de passar de um ciclo longo que foi caraterizado pela existência de um défice externo para um ciclo que esperamos também longo e duradouro, caracterizado por uma inversão de tendência em que nós consistentemente apresentamos balanças comerciais positivas", destacou Santos Silva.

Esse, acrescentou, "é o elemento mais importante para travar o sobre endividamento do Estado e das famílias e empresas portuguesas".

No plano multilateral, o ministro destacou a necessidade de "avançar o mais depressa possível" para a conclusão do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês).

"É um acordo que não é feito para defender as grandes empresas. As grandes multinacionais não precisam do acordo. Quem verdadeiramente precisa são os consumidores e as pequenas e médias empresas. Essas são as principais beneficiárias da redução das taxas alfandegárias, da redução das barreiras não-alfandegárias e sobretudo da harmonização das regulamentações. E é isso que está em jogo nesta negociação", destacou.

O embaixador norte-americano em Lisboa, Robert Sherman, afirmou que um dos obstáculos à realização de mais negócios é a falta de voos diretos e referiu que a TAP já lançou mais voos diretos e pretende alargar a oferta a outros oito destinos na América do Norte.

Por outro lado, há o fator medo por parte dos empresários portugueses, porque os Estados Unidos são "demasiado grandes, há muitas regras, são muitos Estados", apontou.

"O nosso objetivo, através do trabalho que tem sido realizado pelo Departamento de Comércio é desmistificar, explicar que 'sim, você pode fazer negócio nos Estados Unidos'", indicou o diplomata.

O manual hoje apresentado, elaborado pela FLAD em colaboração com a NOVA School of Business and Economics, pretende servir de guia às pequenas e médias empresas portuguesas, que não podem investir em serviços de consultoria. O manual, com atualização na Internet, apresenta os principais temas de pesquisa de mercado, como o enquadramento legal, o planeamento estratégico ou a avaliação do potencial de mercado.

Sherman sublinhou que não são apenas os portugueses e lusodescendentes que têm interesses nos produtos portugueses: "Eu garanto-vos que as pessoas nos Estados Unidos, além dos portugueses, estão interessadas nos produtos portugueses. Os produtos são extremamente bons e os consumidores americanos estão ansiosos para ter acesso a eles", disse, apontando, em concreto, os setores agroalimentar, dos têxteis e do calçado.

O embaixador descreveu depois que os sapatos e botões de punho que hoje trazia são portugueses, tal como a camisola da seleção portuguesa de futebol - que desdobrou e que disse ser a sua preferida.

A camisola, que diz, nas costas, "Sherman", foi assinada pelos jogadores da seleção portuguesa, em resposta ao apoio fervoroso que o embaixador norte-americano demonstrou durante o campeonato europeu de futebol, que Portugal venceu no passado dia 10.

Santos Silva salientou depois a necessidade de "encontrar e oferecer, tão depressa quanto possível, uma camisola de campeões europeus ao nosso embaixador Robert Sherman, nosso embaixador, embaixador dos Estados Unidos em Portugal e embaixador de Portugal nos Estados Unidos".

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