Trata-se das requalificadas Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ourique e Estação de Tratamento de Água (ETA) do Monte da Rocha, a qual trata água para abastecer em alta os concelhos de Almodôvar, Castro Verde e Ourique e parte dos de Odemira e Mértola, todos no distrito de Beja, adiantou á agência Lusa a empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA).

Segundo a empresa, as infraestruturas vão "permitir assegurar a continuidade e a qualidade do serviço de abastecimento de água às populações e o tratamento adequado das águas residuais produzidas na região".

Após as obras de requalificação, num investimento de 1,3 milhões de euros, a ETAR de Ourique, integrada no plano de investimentos da AgdA, está dimensionada para tratar, "de forma adequada", cerca de 280 metros cúbicos por dia de águas residuais provenientes da vila de Ourique e servir 1.700 habitantes.

A obra na ETAR de Ourique foi financiada em 64% por fundos do Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POVT), no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013, sendo a verba restante assegurada pela AgdA.

A empreitada na ETA do Monte da Rocha, num investimento de 3,5 milhões de euros, permitiu ampliar e remodelar a infraestrutura, que passou a ter uma capacidade máxima para tratar 400 metros cúbicos de água por hora para abastecer cerca de 17 mil habitantes.

A requalificação da ETA do Monte da Rocha foi financiada em 66% por fundos comunitários do POVT, sendo a verba restante assegurada pela AgdA.

De acordo com a empresa, as requalificadas ETAR de Ourique e ETA do Monte da Rocha vão ser inauguradas em cerimónias marcadas, respetivamente, para as 10:30 e as 11:30, com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Desde que iniciou a atividade, em julho de 2010, a AgdA, que foi criada para melhorar e gerir o abastecimento em alta e o saneamento de águas residuais de 14 concelhos do distrito de Beja, quatro de Évora e três de Setúbal, já investiu 70 milhões de euros.

Desta verba, 41,5 milhões de euros foram investidos em abastecimento de água e 28,5 milhões de euros em saneamento de águas residuais, refere a AgdA, que resulta de uma parceria entre a Águas de Portugal, em representação do Estado, e a Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública.

Na área do abastecimento de água, a empresa refere que, inicialmente, apostou no reforço do tratamento nos sistemas existentes, muitos deles autónomos e que serviam um reduzido número de habitantes, e desenhou um novo sistema "assente em origens mais fiáveis em quantidade e qualidade", com instalações de tratamento "mais robustas e com maior capacidade de reserva de água tratada".

Na área do tratamento de águas residuais, a AgdA refere que se focou, numa primeira fase, "em resolver as situações mais urgentes, tendo os investimentos já concretizados permitido adequar o tratamento de águas residuais em 18 ETAR que se encontravam em contencioso comunitário por incumprimento da Diretiva Águas Residuais Urbanas".