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Exposição de 838 milhões do Novo Banco a Angola está em risco

A exposição de 838 milhões de euros do Novo Banco ao angolano Banco Económico (ex-BES Angola), pode não ser recuperada pela entidade portuguesa, realçou a PricewaterhouseCoopers (PwC) no relatório de auditoria às contas de 2015 do banco.

Exposição de 838 milhões do Novo Banco a Angola está em risco
Notícias ao Minuto

20:00 - 13/04/16 por Lusa

Economia PwC

Segundo as reservas feitas pela PwC ao Relatório e Contas de 2015 do Novo Banco, a instituição liderada por Stock da Cunha terminou o ano passado com "uma exposição total de cerca de 838 milhões de euros ao Banco Económico", tendo registado uma imparidade de 82,8 milhões de euros "consubstanciada numa participação no seu capital social de cerca de 47 milhões de euros".

Além disso, existem dois empréstimos, sénior e subordinado, de 397 milhões de euros e 394 milhões de euros, respetivamente, concedidos pelo banco português ao Banco Económico, assinalou a auditora no documento que foi disponibilizado na terça-feira à noite através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A PwC referiu que, apesar de "os empréstimos se encontrarem em situação de cumprimento em 31 de dezembro de 2015", não existe informação financeira auditada do Banco Económico para os exercícios de 2014 e de 2015.

Além disso, a indisponibilidade de um plano de negócios do banco angolano não permite que a auditora aprecie a sua capacidade de no futuro gerar fluxos de caixa disponíveis para a liquidação dos mencionados empréstimos, ao que se junta a "atual conjuntura económica em Angola".

Mais, a PwC vincou ainda que estão em curso "negociações sobre a eventual necessidade de redefinição das condições de reembolso do empréstimo sénior".

E destacou: "Não nos é possível concluir com razoável grau de segurança, sobre a recuperabilidade da mencionada exposição total".

Paralelamente, a PwC também levantou reservas quanto à capacidade de recuperação de impostos diferidos ativos originados por prejuízos fiscais em 2014 e 2015 e registados no balanço do banco, que só são recuperáveis em virtude da futura obtenção de resultados tributáveis positivos.

O valor em causa ascende a 1.183 milhões de euros e a auditora considerou que os pressupostos na base da expectativa de recuperação destes ativos são "otimistas", apontando para a atual conjuntura económica e o facto de o Novo Banco ser um banco de transição em processo de venda.

Daí, a PwC dá várias rubricas nas contas de 2015 como "sobrevalorizadas", sem precisar o montante devido à ausência de um "razoável grau de segurança".

E apontou ainda para o risco de litigância "significativo" que envolve o Novo Banco.

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