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Caso Banif: "Sabemos uma coisa: os contribuintes vão pagar"

António Bagão Félix fez uma análise ao caso Banif, ao qual se aproxima uma audição parlamentar.

Caso Banif: "Sabemos uma coisa: os contribuintes vão pagar"
Notícias ao Minuto

23:47 - 03/02/16 por João Oliveira

Economia Bagão Félix

Aproxima-se a audição parlamentar ao caso Banif, que irá decorrer assim que forem fechadas as negociações para o novo Orçamento de Estado. Este foi o tema em análise no espaço de opinião de António Bagão Félix na SIC Notícias.

O centrista começou por dizer que esta comissão de inquérito tem especial “importância”, uma vez que “este é um caso que ainda tem algum nevoeiro”. “Ainda não sabemos bem o que se passou e por que é que o Governo tomou esta opção”, justificou.

No entanto, “sabemos uma coisa, é que no caso do Banif os contribuintes vão pagar”, alertou, especificando os valores que podem vir a ser suportados pelo cidadão comum, algo “entre dois e três mil milhões de euros”, valores “seis vezes mais do que aquilo que se discute em Bruxelas sobre o Orçamento”, analisou.

Ao concordar que o Estado “não vai reaver todo o dinheiro que lá depositou”, Bagão Félix recorda uma entrevista à comissária europeia responsável pela secção de supervisão do Banco Central Europeu, onde esta “negou que Bruxelas tenha imposto a venda do Banif ao Santander”, mas não terá sido bem assim.

“Foi conhecida uma carta da supervisora que, segundo a imprensa, disse que havia outras ofertas pelo Banif mas que não respeitavam as regras de ajuda ao Estado e que não podiam seguir em frente, recomendando por isso ao Estado que não perdesse tempo em fazer passar as outras propostas”, recordou.

O político reiterou que “há muitos elementos que ainda precisam de ser esclarecidos” e que “os contribuintes ,que em parte vão pagar este negócio, merecem também esse esclarecimento”.

Antes de terminar, o centrista não deixou de lançar uma ‘farpa’ ao Banco de Portugal. “Quando a solução passa por onerar os contribuintes atuais através de impostos ou futuros através da dívida, não faz sentido que a decisão seja de uma entidade que não é eleita democraticamente”.

“O Banco de Portugal pode ser autor de uma resolução que onera os contribuintes em dois mil milhões de euros? Não. Não há impostos fora do poder político e parlamentar. Faz-me impressão não se falar nisto”, rematou.

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