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PCP reitera necessidade de reverter venda da TAP

O PCP reiterou hoje que o "cancelamento" da privatização da TAP é um ato que se exige, depois da operação de reforço da situação financeira que, advogam os comunistas, "levanta as maiores perplexidades".

 PCP reitera necessidade de reverter venda da TAP
Notícias ao Minuto

19:02 - 22/10/15 por Lusa

Economia Consórcio

"O cancelamento e reversão da privatização da TAP é um ato que se exige neste momento e que está ao alcance do Estado português, ainda para mais no atual quadro político", sustentou o deputado comunista Bruno Dias, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O deputado falava depois de o Governo ter anunciado hoje que reforçou "os mecanismos de controlo da situação financeira da TAP", para garantir que, caso o Estado opte por reverter o negócio, em caso de incumprimento do comprador, fica com uma empresa em melhores condições.

"O que entendemos adequado nesta fase, face à dívida financeira e à degradação da situação de tesouraria [da TAP], foi reforçar os mecanismos de controlo da situação financeira que protejam o Estado, no caso de no futuro pelas condições que já estavam anteriormente previstas, o negócio ter de ser revertido", afirmou Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, hoje em Lisboa.

Para o PCP, o atual executivo, a atuar "em gestão", tem de "esclarecer desde já, de forma imediata e cabal", todos os detalhes da operação hoje revelada, e apresentar os documentos que sustentem a medida.

"Em que país do mundo é que isto é um ato de gestão? Estamos a falar de alterações ao acordo de venda direta, estamos a falar de uma decisão diretamente relacionada com a operação da privatização da TAP, e estamos a falar de um compromisso potencialmente assumido em relação ao estado português para os próximos anos em muitas centenas de milhões de euros", vincou Bruno Dias.

O ministro da Presidência considerou hoje que a decisão tomada em Conselho de Ministros sobre a TAP "não favorece" uma tentativa de reversão do negócio por decisão política de um futuro governo, mas cria "maior transparência".

"No limite, podia-se dizer que cria condições de maior transparência se algum Governo no futuro vier a querer tomar uma opção desse tipo. Mas será um bocadinho espúrio estar a dizer que favorece, porque não foi por essa intenção que o Governo tomou esta decisão hoje", declarou Luís Marques Guedes.

Questionado sobre os motivos que levaram o executivo a aprovar esta resolução em final de mandato, o ministro da Presidência respondeu que "este Governo não está em gestão, entrará em gestão amanhã [sexta-feira], com o fim da legislatura", e defendeu que a decisão "não foi tomada antes porque não podia ter sido".

De acordo com Marques Guedes, o Governo teve de esperar pelos pareceres das entidades reguladoras e o último, da Autoridade Nacional da Aviação Civil, só chegou na semana passada, a 13 de outubro.

"Porquê agora? Porque não foi possível fazê-lo antes. O 'timing' é este", acrescentou o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares.

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