PT Portugal avança com cortes a ajudas de custo aos funcionários
"Nunca aconteceu na história da empresa sermos informados de uma decisão que afeta os trabalhadores", refere o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT, Jorge Félix.
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Economia Salários
O chairman da PT Portugal, Armando Pereira, tinha garantido que os salários dos trabalhadores não iam ser mexidos. Contudo, a empresa já informou aos sindicatos que os cortes vão realmente acontecer no que concerne às ajudas de custo em deslocações, segundo o Dinheiro Vivo.
“Nunca aconteceu na história da empresa sermos informados de uma decisão que afeta os trabalhadores”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT, Jorge Félix.
A empresa apresentou uma nova tabela em que “vão reduzir os valores pagos pela agora Meo (antiga PT Comunicação) – onde está concentrada a maioria dos trabalhadores da empresa – de ajudas de custo, em vigor desde 2007, sem qualquer negociação, dando o facto como consumado”.
A nova tabela pretende a uniformização dos valores pagos aos mais de 11 mil trabalhadores. Em média, numa deslocação o trabalhador recebia para o pequeno-almoço 1,99 euros, agora recebe dois euros. Ao almoço recebia entre 7,97 e 12,41 euros, agora passa a ganhar 7,5 euros. O valor do jantar mantém-se fixo nos dez euros.
Além de que o funcionário já não tem direito a despesas para alojamento. A PT Portugal também alterou o conceito de deslocação. “Quem está na empresa recebe um subsídio de refeições de 8,5 euros, mais do que quem tem de se deslocar em trabalho”, revela.
Mas para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da PT o caso mais grave era o referente à chamada ajuda de custo completa (alojamento e alimentação), valor entre 51,29 e 59,64 euros. "Deixa de existir", diz Jorge Félix.
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