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Fim das taxas de roaming é "ideia peregrina dos países do Norte"

O presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, criticou hoje o fim das taxas de 'roaming' no espaço europeu, previsto para 2017, e acusou de ser uma "ideia peregrina dos países do Norte" para usar infraestruturas de forma gratuita.

Fim das taxas de roaming é "ideia peregrina dos países do Norte"
Notícias ao Minuto

22:08 - 22/09/15 por Lusa

Economia NOS

"Há aqui um equívoco profundo" na análise do fim das taxas cobradas quando se faz ou recebe uma chamada por telemóvel noutro Estado-membro, disse o gestor, que falava no debate "Players e modelos de negócio novos - como será o setor das telecomunicações no futuro?", no âmbito da conferência "Regulação no novo ecossistema digital", organizado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

"Esta ideia peregrina dos países do Norte de utilizarem gratuitamente as infraestruturas que nós temos cá, que os nossos acionistas pagaram, apenas para agradar alguns senhores de Bruxelas, é uma coisa que não tem nexo", afirmou.

Miguel Almeida criticou o 'roaming-like-at-home' [designação para o fim das taxas de 'roaming'], que disse ter "um nome fino".

"Os alemães, obviamente atraídos pelo nosso sol e pela nossa comida, não só os alemães, mas outros do Norte europeu, vêm para Portugal utilizar a nossa infraestrutura de forma gratuita, é absolutamente inaceitável", considerou, ironizando que não há nenhum português que vá para "as praias da Baviera".

"O problema é a assimetria que os países do Sul", apontou.

O 'roaming', disse, "é um custo efetivo" e recordou que alguém vai ter de pagar a taxa, o que neste caso são os portugueses "sem qualquer benefício", o que é "um grande absurdo".

"Havendo capacidade de intervenção europeia [nesta matéria], deve haver uniformização", disse, salientando que "há um custo que tem de ser pago".

O presidente executivo da PT Portugal, Paulo Neves, disse concordar com a posição de Miguel Almeida, e alertou para o impacto "nos picos de rede" quando "sazonalmente o Algarve" for "invadido pelos turistas".

"Não sei se as redes estarão preparadas", disse, numa alusão à perspetiva de que com o fim do 'roaming' os turistas deixarão de se conter na duração das chamadas de telemóvel.

Miguel Almeida disse ainda que a NOS "vai aproveitar" as oportunidades resultantes do 'big data' [armazenamento de dados" e relativamente ao 5G o gestor afirmou que tem "todo o gosto" que quinta geração móvel apareça, mas que primeiro "é preciso ver as necessidades efetivas do consumidor".

Não havendo necessidades efetivas dos consumidores, "seremos empurrados para o 5G pelos nossos queridos parceiros de negócio e pelo Estado", que pretende arrecadar receitas, considerou.

O presidente executivo da NOS disse ainda que a operadora é contra o alargamento do serviço universal em banda larga, porque isso traria distorção ao mercado.

"Mais de 85% da população em Portugal tem acesso a redes de nova geração, a questão essencial não é de disponibilização de infraestruturas, mas de iliteracia", disse.

Sobre o 5G, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, defendeu que "não pode o ónus todo do futuro da competitividade do mercado europeu recair em exclusivo sobre os operadores e sobre o investimento".

Isto porque tem de haver retorno do investimento, uma posição partilhada por todos os operadores.

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