O investigador da Universidade Autónoma e especialista em questões laborais, Luís Bento, considera que “há [realmente] feriados em que nada acontece, mas neste, [o do Carnaval], as pessoas deslocam-se a desfiles, fazem a economia mexer”.
Além deste factor, “os custos fixos de manutenção contam sempre quer se vá trabalhar ou não” e, acrescenta Luís Bento, “acredito que vai haver um elevado absentismo e as pessoas que vão trabalhar estão desmotivadas e vão produzir menos”.
Neste sentido, o especialista considera que a falta de produtividade custa mais ao Estado do que dar uma folga aos funcionários públicos e pagar o feriado a quem tiver de trabalhar.
Por isso, Luís Bento considera que “é preciso ponderar bem a relação custo/benefício, quando estes dias sucedem numa situação de economia tão em baixo, se o melhor é manter toda a gente trabalhar com o sentimento de que é mais uma regalia que perdem ou permitir uma oportunidade de relançamento da economia”.
As Câmaras Municipais são a excepção (60% dão tolerância) aos restantes serviços públicos que esta terça-feira vão estar a funcionar normalmente, como tribunais, repartições de Finanças, lojas do cidadão, centros de saúde, hospitais, e serviços de Segurança Social.