Francisco Louçã analisa as possibilidades da Grécia
O economista Francisco Louçã analisou os possíveis cenários de um acordo entre Grécia e credores.
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Economia Acordo
No comentário semanal da SIC Notícias, Francisco Louçã avaliou a situação da Grécia e explicou as possibilidades da chegada a um acordo com os credores e a forma como este, ou a falta dele, pode mudar o rumo do país e da Europa.
Apesar das propostas da Grécia e dos credores parecerem estar separadas por “detalhes”, as do Eurogrupo são no “sentido de reforçar o impacto social, coisa de o governo grego quer minorar”, explica o antigo líder do Bloco de Esquerda.
Caso as “medidas recessivas” dos credores fossem aprovadas, a economia grega “ficaria numa situação muito complicada, uma situação pior” do que a atual. No caso de isto acontecer, a Grécia “até ao final do ano aumentaria a sua recessão e não teria um cêntimo para criar emprego ou para responder às pessoas”.
Francisco Louçã acredita tratar-se de uma “chantagem política”, e na sua opinião “a Grécia não pode aceitar estas condições”, contudo não sabe se o farão ou não.
“Se não houver acordo, eu creio que haverá uma decisão de urgência de controlo de capitais, na segunda-feira, para evitar uma fuga gigantesca de capitais”, contudo o economista mostra que o “momento fatal” seria dia 20 de julho quando deveria ser paga a tranche ao Banco Central Europeu.
O especialista explicou ainda que “o BCE tem o poder de fechar os bancos gregos, o que significa que a Grécia tem de sair do euro imediatamente”.
Após o comentário de Francisco Louçã, soube-se que Alexis Tsipras decidiu referendar a aceitação das propostas do Eurogrupo no próximo dia 5 de julho.
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