Parar no Carnaval tem ou não impacto na produtividade?
Funcionários públicos da administração central não param no dia de Carnaval. O feriado para os trabalhadores do setor privado depende do que for acordado nas convenções coletivas.
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Economia Empresas
O Diário Económico conversou com os responsáveis de várias empresas de diferentes setores económicos a propósito do dia de Carnaval que é visto como feriado tendo em conta o acordado nas convenções coletivas.
Se há quem diga que parar na terça-feira não é sinónimo de menos produtividade, há também que defenda que a produtividade é afetada. Muitos convergem na ideia de que só dão o dia porque são obrigados a tal pelas convenções coletivas.
O presidente do Grupo Rangel garantiu ao Diário Económico que “se não estivesse definido no acordo coletivo, não fecharíamos”, até porque, sublinhou, “é um dia a menos de trabalho e, como tal, tem reflexos na produtividade”.
Opinião semelhante tem José Alexandre Oliveira da Riopele que sublinhou que o feriado “implica perdas de produtividade”.
Por outro lado, a administradora da Tintas 2000 assegurou que esta paragem não afeta muito a produtividade, até porque esta é uma época baixa para o setor. Mas ainda assim, admitiu que não daria o dia de Carnaval se tal não estivesse incluído no contrato coletivo de trabalho.
Quem também defende que a produtividade não é afetada é Eugénio Santos, da Colunex. “As pessoas até ficam mais motivadas”, assegurou.
A questão da motivação é também referida por Miguel Júdice, do grupo Lágrimas. Nesta empresa a restauração e os hotéis trabalham como se de um dia normal se tratasse, mas os restantes setores param.
“O custo que eu tenho pela empresa parar é inferior ao benefício que retiro devido aos trabalhadores ficarem mais motivados”, sublinhou.
Já Carlos Martins, da Martifer, referiu que “se não existisse a convenção coletiva, seria um dia de trabalho normal”, apesar de considerar que “esse dia devia ser feriado nacional porque já existe uma dinâmica económica à volta do Carnaval”.
Recorde-se que o Governo não dá o dia aos funcionários públicos. As únicas exceções são os professores e os trabalhadores das autarquias que decidem não seguir as diretrizes do Executivo e dar o dia de Carnaval aos seus trabalhadores.
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