Trabalhadores das Misericórdias manifestaram-se (e prometem continuar)

Alguns trabalhadores das Misericórdias voltaram hoje a manifestar-se em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), a entregar uma resolução com as suas reivindicações e prometeram novamente voltar daqui a uma semana, segundo uma sindicalista.

união das misericórdias, protestos

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Lusa
14/08/2025 17:04 ‧ há 2 horas por Lusa

Economia

Misericórdias

Catarina Fachadas, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), disse à agência Lusa num contacto telefónico que estiveram concentradas junto ao MTSSS "cerca de 20, 30 pessoas", que aprovaram "por unanimidade" a resolução com reivindicações lida no local, depois entregue a um assessor do secretário de Estado Adjunto e do Trabalho.

 

São reivindicadas à União das Misericórdias Portuguesas (UMP) uma atualização do salário no valor de 150 euros, com retroativos a janeiro, assim como a "negociação de um Contrato Coletivo de Trabalho, que garanta os direitos que os trabalhadores já têm atualmente".

Segundo a sindicalista, a UMP tem atualizado o salário anualmente "para o valor do salário mínimo", com "um pequeno ajuste para alguns trabalhadores com mais antiguidade acima do salário mínimo".

"Mas falamos de 20 euros, de 10 euros, valores muito insignificantes para aquilo que é o que precisa ser", ou seja, "um aumento real que faça jus àquilo que tem sido o aumento do custo de vida", adiantou.

A UMP já acordou a atualização dos salários dos trabalhadores das Misericórdias para este ano "com a Frente Sindical da União Geral de Trabalhadores (FSUGT) e com a Comissão Negociadora Sindical da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP)", disse à Lusa Miguel Raimundo, vogal do Secretariado Nacional da União responsável pela contratação coletiva.

O CESP é afiliado nesta última central sindical, mas o acordo feito "não inclui o CESP", acrescentou, num contacto telefónico.

"A União das Misericórdias vem negociando com o CESP, de há alguns anos a esta parte e durante o ano de 2025 as negociações continuaram (...) só que ainda não conseguimos chegar a acordo", indicou Miguel Raimundo, adiantando estar marcada uma nova ronda negocial para 09 de setembro e que a UMP vai participar.

Referiu que com a FSUGT e com a Comissão Negociadora da CGTP foi acordada uma atualização de 50 euros, acompanhando "o valor do aumento do salário mínimo nacional em todas as categorias profissionais", que "vincula as Misericórdias representadas pela União e vincula os trabalhadores representados pelos sindicatos outorgantes, ou pela frente sindical outorgante desse acordo".

Em relação aos restantes trabalhadores, os associados do CESP ou não sindicalizados, "o que é habitual acontecer, é ser publicada posteriormente uma portaria de extensão" para os abranger, acrescentou.

O CESP critica que "muitas das Misericórdias não têm feito a atualização salarial aos trabalhadores sindicalizados do CESP", existindo assim "trabalhadores que trabalham lado a lado, a fazer a mesma função (...) e com os mesmos anos de casa, uns a receber o salário mínimo e os outros a receberem um bocadinho mais".

Miguel Raimundo admite que tal "é possível, mas não desejável" e que a UMP faz recomendações às suas associadas, mas "cada Misericórdia tem a sua autonomia e a gestão de situações do género compete às respetivas mesas administrativas".

"Entre a União das Misericórdias e as Misericórdias portuguesas não há qualquer relação hierárquica", reforçou, embora considere que "não serão muitas" as que diferenciam os seus trabalhadores consoante o sindicato a que pertencem.

Leia Também: Trabalhadores das Misericórdias vão repetir protesto na próxima semana

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