Wall Street fecha em baixa ainda pressionada com ameaças comerciais de Trump

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em ligeira queda, ainda pressionada pelas últimas declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as tarifas, embora os investidores se tenham recusado a reagir de forma exagerada.

Wall Street segue em terreno misto após semana de perdas

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Lusa
08/07/2025 22:43 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,37%, enquanto o tecnológico Nasdaq (+0,03%) e o abrangente S&P 500 (-0,07%) fecharam praticamente sem qualquer alteração.

 

"A recente escalada das tensões comerciais está a reduzir o apetite pelo risco em Wall Street", resumiu José Torres, da Interactive Brokers, em comunicado.

Donald Trump prometeu sobretaxas tarifárias a vários países na segunda-feira, incluindo o Japão e a Coreia do Sul, um novo passo na sua ofensiva para interromper o comércio internacional.

Catorze países já souberam o valor das tarifas que Trump determinou, de +25% (Japão, Coreia do Sul e Tunísia em particular) a +40% (Laos e Myanmar).

O Presidente dos EUA disse ainda hoje que pretende impor tarifas, desta vez sobre os produtos farmacêuticos importados e o cobre.

O mercado continua "à espera de ver" e não quer "reagir de forma exagerada", frisou à agência France-Presse (AFP) Victoria Fernandez, da Crossmark Global Investments.

Os investidores "compreendem melhor o estilo de negociação de Donald Trump" e "aguardarão detalhes antes de tirarem conclusões", acrescentou a analista.

O inquilino da Casa Branca adiou oficialmente o prazo para chegar a um acordo com os seus parceiros comerciais sobre as sobretaxas tarifárias para 01 de agosto, face a 09 de julho anteriormente.

O mercado bolsista dos EUA aguarda também a publicação, na quarta-feira, da ata da reunião de junho do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC).

"O mercado estará interessado nas posições dos vários membros sobre (...) o momento de um corte das taxas de juro", explicou Fernandez.

Os agentes financeiros esperam que o banco central (Fed) dos EUA mantenha as taxas inalteradas na sua próxima reunião em julho, de acordo com o CME FedWatch.

No entanto, a maioria prevê que as taxas sejam reduzidas na reunião seguinte, em setembro.

No mercado obrigacionista, o rendimento do título americano a 10 anos subiu para 4,40% por volta das 21:20 (hora de Lisboa), em comparação com 4,38% no fecho do dia anterior.

No mercado bolsista, a fabricante norte-americana de aviões Boeing caiu 0,05% para 218,52 dólares, apesar de ter anunciado a entrega de 150 aviões comerciais no segundo trimestre (em comparação com os 92 do ano anterior), um recorde para o período em sete anos.

A especialista em veículos elétricos Tesla recuperou algum terreno (+1,32%, para 297,81 dólares) após a queda do dia anterior, impulsionada pelo lançamento de um novo partido político por Elon Musk, CEO da empresa e antigo aliado de Trump.

Depois da queda na sequência das declarações de Donald Trump sobre possíveis tarifas que afetariam o seu setor, as ações farmacêuticas recuperaram alguma força no final da sessão: a Pfizer subiu 1,51%, a Eli Lilly subiu 0,62% e a Novo Nordisk subiu 0,46%.

As ações de energia solar caíram depois de o Presidente Trump ter assinado uma ordem executiva para eliminar os subsídios para as energias renováveis devido a "distorções do mercado". A Sunrun perdeu 11,43%, a First Solar caiu 6,54% e a Enphase Energy caiu 3,58%.

Leia Também: Wall Street abre mista enquanto investidores avaliam tarifas de Trump

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