Os preços dos combustíveis registaram um comportamento misto no início desta semana: a gasolina ficou mais barata, ao passo que o gasóleo registou um (muito) ligeiro acréscimo, de acordo com os preços médios atualizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Contas feitas, a gasolina simples 95 passou de 1,689 euros por litro para 1,675 euros por litro entre sexta e segunda-feira, o que significa menos 1,4 cêntimos.
Já o gasóleo simples passou de 1,570 euros por litro para 1,573 euros por litro, no mesmo período, o que significa um acréscimo inferior a meio cêntimo.
O que indicavam as previsões?
De acordo com as previsões divulgadas pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), que citou fontes do setor na sexta-feira, a gasolina deveria ficar dois cêntimos mais barata, ao passo que o preço do gasóleo deveria manter-se.
Feitas as contas, o preço da gasolina simples 95 acabou por baixar menos do que o previso.
De sublinhar que estes cálculos têm por base os preços médios diários, divulgados pela DGEG, que "são apurados com base nos preços comunicados pelos postos de combustível, ponderados com as quantidades vendidas do último período conhecido, incorporando os descontos praticados nos postos de abastecimento como cartões frota e outros". Têm por base a informação de 2.923 postos de abastecimento ativos.
Como está o petróleo?
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em setembro terminou, na segunda-feira, no mercado de futuros de Londres com uma subida de 1,87%, para os 69,58 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, encerrou as transações no Intercontinental Exchange a cotar 1,28 dólares acima dos 68,30 dólares com que fechou a última sessão.
O Brent começou a semana a oscilar perto da barreira dos 70 dólares por barril, e o mercado pareceu ignorar a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), que acordou no sábado aumentar a sua oferta de crude em 548 mil barris por dia (bpd) a partir de 01 de agosto, um volume muito superior aos 137 mil bpd dos três meses anteriores e ao que os mercados esperavam.
Segundo o analista de mercado Forex Razan Hilal, apesar da pressão de baixa, vários fatores de alta estão a "sustentar" os preços do crude, uma vez que os investidores veem a confiança da OPEP+ na eliminação dos cortes de produção como "uma perspetiva mais otimista da oferta e da procura".
Hilal apontou ainda como impulsionadores do sentimento de procura a fraqueza do dólar norte-americano, que reduz o preço do petróleo para os compradores de outras moedas, as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed) e os possíveis acordos comerciais dos EUA com os seus parceiros globais.
Em relação a este último ponto, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o alargamento do prazo para a conclusão das negociações tarifárias, inicialmente previstas para terminar na quarta-feira, até 1 de agosto, uma vez que os acordos com alguns parceiros-chave, como a União Europeia, ainda não estão finalizados.
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