Eurogrupo defende contenção, mas admite exceção para gastos com Defesa

O Eurogrupo defende contenção orçamental na zona euro face ao "atual contexto económico", mas admite exceções para os países da moeda única aumentarem os gastos com defesa, o que deve ser feito salvaguardando a sustentabilidade da dívida.

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Lusa
07/07/2025 16:34 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

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"Excluindo o aumento das despesas com a defesa, a contenção orçamental continua a ser apropriada, e estamos empenhados em implementar os nossos planos de médio prazo em conformidade com o novo quadro de governação. Prevemos uma orientação orçamental globalmente neutra na área do euro em 2026, o que parece adequado no atual contexto económico", indica o Eurogrupo numa posição hoje divulgada.

 

Na declaração conjunta, os ministros das Finanças do euro salientam que "o reforço das capacidades de defesa da Europa está entre as principais prioridades" e comprometem-se a reforçar a "defesa, segurança e prontidão em geral, mantendo simultaneamente a sustentabilidade da dívida".

"A orientação orçamental da área do euro foi contracionista em 2024 e espera-se que se torne amplamente neutra em 2025, com base na previsão da Comissão. Isto parece apropriado face a uma perspetiva macroeconómica mais negativa e à redução das pressões inflacionistas e está em linha com a necessidade de prudência orçamental nos Estados-membros, particularmente naqueles com dívida elevada", adianta o Eurogrupo.

No final de junho, reunidos em Bruxelas, os líderes da UE comprometeram-se a financiar adequadamente o aumento dos gastos com defesa, coordenando tal investimento para o fazer "melhor em conjunto", dada a nova meta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) dias antes.

Os chefes de Governo e de Estado da UE pediram também à Comissão Europeia e à chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas, que apresentem um roteiro para alcançar a prontidão da defesa comum da UE até 2030.

Na cimeira da NATO, os 32 aliados da Aliança Atlântica assumiram o compromisso de gastarem, até 2035, 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas militares tradicionais (forças armadas, equipamento e treino) e 1,5% do PIB adicionais em infraestruturas de cibersegurança, prontidão e resiliência estratégica, um acréscimo face ao atual objetivo de 2%.

Entre 2021 e 2024, a despesa dos Estados-membros da UE com defesa aumentou mais de 30%, para 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB comunitário.

Portugal investiu cerca de 1,55% do PIB em defesa no ano passado e já disse que este ano chegará aos 2%.

Em entrevista à Lusa divulgada na semana passada, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que investir em defesa sem preservar o Estado social da União Europeia seria um "suicídio coletivo".

Leia Também: Ministro das Finanças da Irlanda reeleito presidente do Eurogrupo

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