A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) considera que os aumentos de preços no setor das telecomunicações têm falta de transparência e são desadequados.
"De forma pouco transparente e desadequada, as operadoras de comunicações anunciaram, durante os meses de novembro e dezembro de 2023, que procederiam a um aumento, a entrar em vigor, a 1 de fevereiro deste ano, num valor indefinido a fixar em janeiro de acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPC)", diz a DECO, em comunicado enviado às redações.
A DECO recorda que as "três operadoras informaram, quer no respetivo website, quer por e-mail, SMS ou fatura, os seus clientes do aumento, mas, nenhuma delas comunicou, de facto, qual o valor desse aumento e o preço futuro a pagar por cada cliente".
"Para a DECO esta forma de comunicação continua a não ser adequada aos interesses dos consumidores e exige à ANACOM que defina, finalmente, procedimentos para as comunicações de alteração de preço, independentemente de as mesmas estarem ou não previstas no contrato", pode ler-se na mesma nota.
Em meados de novembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) pediu aos operadores "contenção" na subida de preços dos seus serviços, mas certo é que as principais operadoras já anunciaram aumentos para o próximo ano.
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