Greve dos trabalhadores dos bares dos comboios com "grande adesão"
A greve dos trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso da CP, que hoje se realiza, está a registar uma "grande adesão", segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
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Economia Sindicato
"Os trabalhadores da empresa concessionária do serviço de refeições dos comboios Alfa Pendular e Intercidade NewRail, Ld.ª estão hoje em greve, com grande adesão", lê-se na mesma nota, que assegura que "apenas se apresentaram ao serviço dois trabalhadores".
De acordo com a estrutura sindical, "os comboios estão a circular sem serviço de refeições" sendo que os bares estão "encerrados".
"Os trabalhadores estão em luta pela assinatura do Acordo de Empresa [AE], pois a empresa deu o dito por não dito e não autoriza o envio do AE já assinado pelas partes para depósito e publicação no Boletim do Trabalho e Emprego", indicou.
Segundo o sindicato, os "trabalhadores estão também em luta por outros direitos que estão a ser postos em causa, designadamente pelo pagamento na integra do trabalho suplementar, fornecimento de uma refeição nos casos de atrasos dos comboios, reforço do quadro de pessoal, melhores condições de trabalho e contra as escalas discriminatórias".
Em declarações à Lusa esta quinta-feira, Luís Trindade, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, disse, por sua vez, que a situação destes trabalhadores "não está ainda completamente resolvida".
"Uma das questões mais urgentes destes trabalhadores é que, em relação aos créditos dos salários que estavam em atraso, esta empresa ainda não fez o que deveria em termos de Segurança Social", referiu.
A CP - Comboios de Portugal anunciou em maio que o novo operador dos bares dos comboios de longo curso já tinha regularizado os salários dos trabalhadores, tendo o serviço sido retomado nessa altura, depois de um longo impasse.
Os trabalhadores dos bares dos comboios estavam, até essa altura, sem receber salários há vários meses, depois de a anterior concessionária ter enfrentado problemas que levaram à suspensão do serviço.
Estes profissionais levaram a cabo uma greve de meses e vários protestos para a resolução da situação, que começou a desenhar-se depois de a CP ter avançado com a resolução do anterior contrato.
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