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"Degradação de vida e do trabalho acentuou desigualdades"

A secretária-geral da CGTP disse hoje que "a degradação da vida e do trabalho" acentuou as desigualdades e sublinhou que as mulheres continuam a ter salários baixos, são mais precárias e estão em maior número no desemprego.

"Degradação de vida e do trabalho acentuou desigualdades"
Notícias ao Minuto

18:15 - 08/03/23 por Lusa

Economia CGTP

Isabel Camarinha falava aos jornalistas, no Dia Internacional da Mulher, numa manifestação em Lisboa, integrada na semana da igualdade da CGTP, que começou junto à Maternidade Alfredo da Costa, na avenida 05 de outubro, e terminou à porta do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na Praça de Londres.

"A degradação de vida e do trabalho no nosso país o que tem feito é aumentar as desigualdades", realçou a líder da intersindical.

"As mulheres são em maior número no desemprego, são em maior número nos que têm os salários mais baixos, nos vínculos precários e são as mais afetadas [pela desigualdade] porque recai muito sobre as mulheres também a vida familiar, as tarefas domésticas. São as mais afetadas pela desregulação dos horários de trabalho e horários longos e desregulados, que não permitem conciliar a vida pessoal e familiar com a profissional", afirmou Camarinha.

A líder sindical saudou "as mulheres trabalhadoras em luta" na semana da igualdade da CGTP e apelou para a mobilização de todos os trabalhadores para a manifestação nacional, em Lisboa, agendada para dia 18.

Entre as manifestantes, Cátia Carvalho, trabalhadora no comércio, disse que, apesar de não sofrer desigualdade no seu trabalho, sublinhou a necessidade de "lutar pelas mulheres porque há muita desigualdade no país".

Também Cátia Nunes, assistente administrativa, com vínculo efetivo na administração pública, referiu que "esta é uma luta que vem de alguns anos", mas a desigualdade continua quer ao nível salarial, "quer ao nível de melhores posições e cargos de chefias".

"Sinto isso na pele através da avaliação de desempenho. Temos o SIADAP [sistema de avaliação de desempenho da administração pública] que discrimina a mulher por causa da licença de maternidade e pela ausência para acompanhamento dos filhos", disse Cátia Nunes.

Já Diana Fernandes, que trabalha no setor privado, no retalho, contou que "ainda hoje houve uma denúncia pública de uma colega que não lhe deram o horário flexível nem de aleitamento".

"A colega tem de fazer horas noturnas porque a empresa não respeita o direito de ela poder amamentar o filho durante a noite", disse a trabalhadora do retalho.

Ana Rita, trabalhadora na Câmara de Lisboa, disse não sofrer de desigualdade, mas conhecer "relatos" do problema, sobretudo "ao nível da distribuição do trabalho, a ter direito às horas de amamentação, dificuldades em ter o horário contínuo, que é um direito das mães", disse.

"Ainda há um caminho longo a perceorrer, talvez mais no setor privado, mas é urgente que se alcance essa igualdade", defendeu Ana Rita.

Largas dezenas de trabalhadoras e trabalhadores manifestaram-se hoje em Lisboa, numa ação promovida pela CGTP, exigindo igualdade salarial, no Dia Internacional da Mulher.

Pelas ruas de Lisboa, os manifestantes entoaram palavras de ordem como "igualdade salarial é urgente em Portugal" ou "a igualdade tem de ser uma realidade".

Entre os manifestantes, a maioria mulheres, que desfilaram com cravos vermelhos na mão, estiveram trabalhadoras de vários setores de atividade, entre os quais hotelaria, comércio e escritórios e das IPSS.

A manifestação insere-se na semana da igualdade promovida pela CGTP, que arrancou no dia 06 e termina no dia 10, com várias iniciativas no país, entre concentrações, greves e desfiles.

Leia Também: Semana da igualdade da CGTP arranca hoje com várias ações no país

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