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Wall Street fecha em baixa com investidores a reagirem mal à inflação

A bolsa nova-iorquina voltou hoje a fechar em baixa, com os investidores a lidarem mal com um indicador de inflação que saiu acima das expectativas, o que permite um endurecimento mais acentuado da política monetária da Reserva Federal (Fed).

Wall Street fecha em baixa com investidores a reagirem mal à inflação
Notícias ao Minuto

23:39 - 11/05/22 por Lusa

Economia Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,02% e o alargado S&P500 perdeu 1,65%, mas foi o tecnológico Nasdaq que mais desvalorizou, ao ceder 3,18%.

Desde o máximo que registou no final de novembro, o índice das empresas tecnológicas já perdeu cerca de 30%.

Toda a sessão de hoje foi marcada pela divulgação, antes da abertura de Wall Street, do índice de preços no consumidor (IPC) que revelou uma subida dos preços, em termos anuais, de 8,3% em abril, menos do que os 8,5% de março, mas menos do que nos 8,1% esperados pelos economistas.

Durante a primeira metade da sessão, os índices evoluíram ao estilo de uma 'montanha russa', a refletirem duas leituras do indicador.

De um lado, uma leitura positiva. Cliff Hodge, da Cornerstone Wealth, concluiu que "março terá sido um pico" na inflação, que esboçou "uma ligeira desaceleração".

No seu entendimento, acrescentou, "os receios de inflação são exagerados", uma vez que, justificou, "o consumidor permanece sólido e continua a gastar".

Mas outros investidores viram nos números divulgados um sinal alarmante.

« A inflação subjacente (a que exclui os preços da energia e alimentação) atingiu o seu ritmo mais rápido desde janeiro", reagiu Charlie Ripley, da Allianz Investment Management, para quem isto "torna o trabalho" da Fed "mais delicado".

Will Compernolle, da FHN Financial, antecipou mesmo que "esta inflação persistente vai levar a Fed a subir as taxas de forma mais agressiva", indo até a considerar que "isto pode levar (os membros da Fed) a defender uma subida em 75 pontos-base em junho".

Na semana passada, esta eventualidade tinha sido afastada pelo presidente da Fed, Jerome Powell.

"Quanto mais a inflação persistir, mais se está preparado para esperar que ela baixe", comentou Keith Buchanan, da Globalt. "É o que provoca esta reação dos investidores".

Outra ilustração da instabilidade bolsista veio do mercado obrigacionista, abalado por movimentos brutais durante toda a sessão.

O rendimento da dívida pública dos EUA a 10 anos subiu assim dos 2,90% para 3,07%, antes de regressar quase ao seu nível de início do dia, nos 2,92%.

A viver regularmente sessões críticas desde há seis meses, o Nasdaq voltou a viver um dia mau, afetado pela eventualidade de um endurecimento ainda maior da política monetária.

Os seus 'pesos pesados' viveram mesmo uma das suas piores sessões do ano, com a Apple a ceder 5,18%, a Microsoft 3,32%, a Tesla 8,25% e a Meta (ex-Facebook) 4,51%.

No período de uma semana, a Tesla viu a sua capitalização reduzir-se em 23%.

Leia Também: Wall Street segue com ganhos após divulgação de números da inflação

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