PRR. Alentejo já contratualizou 252 milhões e está "muito avançado"

O Alentejo já contratualizou 252 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revelou hoje a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, considerando que a região "está muito avançada" neste processo.

Vinhos do Alentejo

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Lusa
04/03/2022 15:20 ‧ 04/03/2022 por Lusa

Economia

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"Os 252 milhões de euros é aquilo que já está contratualizado para vir para o Alentejo. Certamente, não será a verba total que virá para o Alentejo no âmbito do PRR", mas esta é "uma região que está muito avançada já na contratualização", disse.

Ana Abrunhosa, que considera 252 milhões de euros uma verba "já muito significativa" para o Alentejo, nesta altura, falava aos jornalistas em Campo Maior (Portalegre).

A governante presidiu à cerimónia de assinatura dos contratos das áreas de acolhimento empresarial daquele concelho do Alto Alentejo e do de Beja, no âmbito do PRR, num investimento de 30 milhões de euros.

No decorrer da sua intervenção, a ministra destacou também que, no âmbito dos 252 milhões de euros contratualizados, estão projetos de acessibilidades a zonas industriais, estradas, pontes, o investimento do Empreendimentos de Fins Múltiplos do Crato (barragem do Pisão), entre outros.

"O projeto que, em termos técnicos, está mais avançado é o do Crato. É talvez dos projetos mais maduros do PRR", disse.

No seu discurso, a ministra da Coesão Territorial desafiou ainda os empresários, os municípios e outros agentes económicos a desenvolverem projetos e a 'reclamarem' junto dos poderes decisores verbas para a região.

"O território tem de dizer presente" e "o dinheiro não cai no território, muitas das vezes, tem de ser o território a reclamar, é muito importante que andemos de braço dado", alertou.

Um total de 10 projetos de modernização das Áreas de Acolhimento Empresarial estão aprovados no país, nomeadamente em Águeda, Campo Maior, Guarda, Oliveira do Hospital, Lagos, Beja, Chaves, Melgaço, Vila Real e Rio Maior, num investimento de 110 milhões de euros.

De acordo com Ana Abrunhosa, este investimento serve para requalificar zonas industriais, dotando-as de "equipamentos 5G, de energia barata, proteção contra incêndios", entre outros meios para "servir e atrair" investidores.

Já o presidente da Câmara de Campo Maior, Luis Rosinha, explicou aos jornalistas que o município vai receber cerca de 15,2 milhões de euros, sendo que "10 milhões" vão ser afetos às energias renováveis, com sistemas fotovoltaicos e de armazenamento de energia.

Luís Rosinha, que destacou também como "fator diferenciador" a cobertura 5G, explicou que a zona industrial de Campo Maior vai ser ampliada e uma central fotovoltaica vai ficar instalada num espaço de "sete hectares", produzindo 7 MW (Megawatts), o que vai permitir que os empresários tenham energia com "valores mais baixos".

O autarca indicou ainda que, das cerca de 40 empresas instaladas na zona industrial, 24 "assumiram" com o município uma "manifestação de interesse" para aderir ao projeto, esperando, a curto prazo, captar todo o parque industrial para este processo.

Já em Beja, a nova zona industrial vai também acolher uma central fotovoltaica com sete hectares, num investimento de cerca de 10 milhões de euros, para produzir igualmente 7 MW (Megawatts), disse o presidente do município, Paulo Arsénio.

Em Beja, vai ainda surgir "uma pequena produção de hidrogénio",tal como em Campo Maior, embora este projeto esteja ainda numa fase "inicial de exploração", disse o autarca.

Ainda em relação à central fotovoltaica, o autarca explicou que, na primeira fase, "25 médias e grandes empresas" de Beja vão beneficiar com este projeto.

Leia Também: PAN quer saber se PRR pode pagar extensão do metro até à Trofa

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