O preço do cabaz alimentar está mais caro, custando 242,78 euros euros, mais dois euros, na semana entre 11 e 18 de junho, de acordo com uma monitorização de preços da DECO PROteste. A cebola lidera os produtos que mais aumentaram de preço em relação à última semana, com uma subida de 21 cêntimos (+17%).
Segundo a análise de 18 de junho, o Top 10 de produtos que mais aumentaram na última semana é composto por cebola (+17%), massa espiral (+11%), douradinhos de peixe (+10%), atum posta em óleo vegetal (+9%), flocos de cereais (+8%), massa esparguete (+7%), tomate chucha (+6%), cereais integrais (+6%), arroz carolino (+6%) e robalo (+4%).
Desde o início do ano, entre 1 de janeiro e 18 de junho, os ovos (+28%), maçã gala (+19%), laranja (+18%), massa esparguete (+17%), polpa de tomate (+16%), cereais integrais (+15%), massas espirais (+15%), queijo flamengo fatiado embalado (+14%), flocos de cereais (+14%) e salsichas frankfurt (+4%).
Já em relação ao período homólogo, comparando 19 de junho de 2024 com 18 de junho de 2025, a lista é composta por ovos (+39%), carne de novilho para cozer (+30%), café torrado moído (+22%), peixe-espada-preto (+21%), dourada (+19%), cereais integrais (+19%), bacalhau graúdo (+18%), peru perna (+17%), medalhões de pescada (+17%) e pão de forma sem côdea (+16%).
Sublinhe-se que o cabaz alimentar em análise é composto por 63 bens essenciais, incluindo "carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe", mas pode consultar a lista completa aqui.
Esta semana, a DECO PROteste publicou também um inquérito, onde quatro em cada dez inquiridos revelaram ser difícil pagar as contas de supermercado. Segundo a organização de defesa do consumidor, "que acompanha, desde 2022, o preço de um cabaz composto por 63 alimentos essenciais, como carne, peixe, fruta, legumes e ovos, os preços não param de aumentar".
"Este cabaz, que custava 188 euros no início de 2022, vale, hoje, cerca de 240 euros. Por outras palavras, o preço dos alimentos aumentou mais de 25% em três anos", pode ler-se num comunicado.
Em causa está um inquérito europeu, realizado pela DECO PROTeste a par das suas congéneres europeias, que revela também "haver uma crescente preocupação entre os consumidores sobre a sustentabilidade no setor da alimentação".
Aliás, "sete em cada dez inquiridos portugueses defendem políticas agrícolas que promovam práticas que protejam o ambiente e a biodiversidade, com 66% a apelar a que os subsídios europeus passem a privilegiar agricultores que adotem práticas que respeitem o ambiente e o bem-estar animal e que enfrentem dificuldades económicas".
Segundo o mesmo inquérito, os consumidores exigem "alimentos mais seguros e sustentáveis, a preços acessíveis".
"Muitos consumidores estão dispostos a pagar mais por alimentos produzidos em explorações que respeitam o ambiente, o bem-estar animal e os agricultores, desde que a atribuição dos apoios europeus garanta preços aceitáveis e práticas sustentáveis credíveis", pode ler-se num comunicado divulgado.
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