O projeto, 'Alimentação Artificial a Sul do Esporão da Barra - Ílhavo', da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tem uma extensão de intervenção de cerca de 700 metros, na freguesia da Gafanha da Encarnação, concelho de Ílhavo.
Segundo o Governo a operação compreende nomeadamente a alimentação artificial da praia, que resulta do aproveitamento de inertes provenientes das dragagens de manutenção do Porto de Aveiro. Tal permitirá repor sedimentos e reforçar o cordão dunar, funcionando como defesa natural contra o avanço do mar.
A remoção de esporões obsoletos com o reaproveitamento de materiais para reforço da raiz do esporão sul da Barra, e a relocalização e requalificação de passadiços e paliçadas para regeneração da vegetação dunar são também componentes da operação.
Pretende-se, com a iniciativa, responder ao "agravamento da erosão costeira naquele troço, que ameaça o cordão dunar, o passadiço da praia e outras infraestruturas públicas e turísticas da zona da Costa Nova, e resulta também dos impactos recentes de eventos climáticos extremos registados na região", segundo o comunicado.
As medidas "são consistentes" com os princípios do Plano de Ação Litoral XXI, bem como com os compromissos nacionais em matéria de adaptação às alterações climáticas e proteção da faixa costeira, garante o Ministério do Ambiente e Energia.
"Esta intervenção representa o que deve ser uma resposta moderna aos riscos costeiros: técnica, célere e ambientalmente sustentável. Estamos a proteger pessoas, bens e património natural com soluções baseadas na natureza e no reaproveitamento de recursos", disse a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.
O financiamento é feito pela Agência para o Clima, através do Fundo Ambiental, e a execução pela APA.
Em fevereiro passado o mar avançou sobre o cordão dunar, devido às marés e à forte ondulação, destruindo parte do passadiço que liga as praias da Barra e Costa Nova.
"Desde 2023 que andamos atrás da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentou na altura o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo.
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