Dois ex-gerentes do banco do Vaticano condenados por má gestão
O tribunal de recurso do Vaticano confirmou na sexta-feira a condenação, por má gestão, de dois ex-gerentes do banco do Vaticano (IOR) e determinou a restituição de cerca de 40 milhões de euros à instituição.
© REUTERS/Remo Casilli
Economia Vaticano
O antigo diretor, Paolo Cipriani, e antigo vice-diretor, Massimo Tulli, tinham sido condenados, em 2018, por má gestão.
Os dois tinham renunciado, em 2013, aos cargos no Instituto para as Obras da Religião (IOR), como é conhecido o banco do Vaticano.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o IOR revelou que o tribunal de recurso do Vaticano rejeitou o pedido dos ex-gestores na integra.
Os dois foram ainda condenados a pagar 40,5 milhões de euros pelos "danos causados".
O banco, que há muito tem a reputação de ser um paraíso fiscal, foi submetido a um processo de reforma durante muitos anos, para que deixasse de ser uma fonte de controvérsia para a Santa Sé.
O IOR destacou ainda, no comunicado, que este julgamento é resultado "de um profundo trabalho de renovação e transformação" do banco, que tem permitido implementar "importantes reformas do setor financeiro do Vaticano" e "identificar os abusos cometidos".
O Instituto para as Obras da Religião não é aberto ao público, mas fornece serviços financeiros a funcionários do Vaticano, diplomatas, ordens religiosas e embaixadas da Santa Sé no exterior.
O tribunal do Vaticano condenou o antecessor de Cipriani e Tulli no banco num julgamento realizado em separado, em 2021.
Nesse caso, o tribunal considerou Angelo Caloia e o seu advogado culpados de peculato e outros crimes relacionados com vendas do Vaticano de propriedades imobiliárias.
Os dois foram condenados a quase nove anos de prisão cada, embora tenham apresentado recurso.
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