"As promessas de melhores condições e processos mais rápidos acabam por levar algumas famílias a serem alvo de burla", diz Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, numa altura em que o número de fraudes associadas aos empréstimos são cada vez mais frequentes.
Este tipo de esquemas aproveita-se da urgência e de algum desespero por parte das pessoas para as atrair e as levar a fornecer dados e, muitas vezes, a darem acesso a contas.
Para os evitar, o Doutor Finanças dá as seguintes dicas para identificar uma potencial burla. Tome nota:
- Entidade não se encontra na lista de entidades autorizadas
"Analisar se a entidade que entra em contacto connosco se encontra na lista de instituições registadas pelo Banco de Portugal é talvez o passo mais importante e que pode logo desmistificar se é, ou não, uma burla." Pode aceder à lista aqui.
- Cobrança de processo de avaliação do cliente
"É muito recorrente que, as instituições ditas fraudulentas, cobrem para fazer a avaliação da situação do cliente. Se isto acontecer é de desconfiar. Por lei, não é permitido cobrar qualquer tipo de valor na fase de avaliação."
- Contactos da instituição
"Muitas vezes, as entidades fraudulentas chegam mesmo a utilizar o nome e a imagem de outras instituições autorizadas. Por esta razão deve pesquisar os contactos num motor de busca para verificar se estes pertencem, ou não, à entidade oficial."
- Falta de informação sobre a entidade
"Procure informações sobre a idoneidade da empresa mediadora de crédito e testemunhos, seja na imprensa ou em notícias na internet. Verifique possíveis reclamações em sites confiáveis do tipo 'Portal da Queixa' ou simulares."
- Tipo de comunicação
"Devemos estar atentos a pequenos detalhes, como o tipo de escrita que é utilizada, se existem erros ortográficos, gramaticais ou incoerências. Devemos desconfiar da utilização de linguagem como "dinheiro fácil" ou "sem burocracias", por exemplo."
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