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Frente Sindical da Altice exige ao Governo que trave despedimento

Os sindicatos da Frente Sindical e a Comissão de Trabalhadores da Meo, concentrados em protesto junto da residência do primeiro-ministro em São Bento, em Lisboa, voltaram a exigir que o Governo impeça o despedimento coletivo de 246 trabalhadores.

Frente Sindical da Altice exige ao Governo que trave despedimento
Notícias ao Minuto

14:37 - 16/07/21 por Lusa

Economia Altice

"Estamos hoje aqui a apoiar a luta destas organizações sindicais, nas quais também estão as organizações da CGTP e aqui estaremos no próximo dia 21 de julho na concentração que se vai fazer, que incluirá a secretária-geral, Isabel Camarinha", disse José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), à agência Lusa.

E prosseguiu: "Estaremos noutras iniciativas, quer em conjunto, quer em iniciativas próprias, no sentido de procurar destravar este processo de despedimento e salvaguardar os direitos dos trabalhadores e também os direitos do país".

Na sexta-feira passada, Paulo Gonçalves, membro da comissão executiva do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, explicou à Lusa que estava em causa "um processo de despedimento" de 232 trabalhadores na Meo SA e 14 na PT Contact, empresa do grupo Altice Portugal, o que dava 246 naquela altura.

Na ocasião, o sindicalista denunciou o "despedimento coletivo" e deu conta da oposição revelada pelos sindicatos e pelos trabalhadores, qualificando-a de "despedimento político", tendo uma delegação entregado uma carta na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento, em Lisboa.

José Manuel Oliveira considerou ainda que as organizações sindicais "veem com preocupação que, hoje, esta empresa (PT/MEO) que tem e apresenta lucros faça um despedimento de trabalhadores para depois os substituir através de outros mecanismos de contratação de empresas".

Para o dirigente sindical, o "caminho e o futuro do país não podem ser de incerteza para os trabalhadores e não pode ser um futuro de precariedade", pelo que entende que o Governo tem também "a obrigação de intervir" numa empresa que "é estratégica neste momento" para o país.

A Frente Sindical e a Comissão de Trabalhadores da MEO entendem que o caminho que se está a seguir é "idêntico ao que foi seguido em 2017/2018 com a questão da transmissão de despedimento", uma outra forma de tentar despedir pessoas, "tirando-as da empresa-mãe e pondo-as em empresas fora do circuito da Altice".

Por essa via, "extinguem-se as empresas ou vendem-nas, eliminando assim os postos de trabalho na empresa-mãe", explicou então o sindicalista Paulo Gonçalves do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).

Há quatro anos, "não o conseguiram", mas então os trabalhadores "ganharam essa batalha" contra o "processo de transição" e o despedimento, recordou.

Entretanto, a ação de hoje tem outro ponto de destaque, pelas 16:00 (hora de Lisboa), com a Comissão de Trabalhadores da MEO e os Sindicatos da MEO/ALTICE a procurarem ser recebidos na Presidência da República, em Belém.

De acordo com José Manuel Oliveira, "enquanto há vida há esperança", mas o Governo e, nomeadamente, o primeiro-ministro, António Costa, "está a chutar para o lado" a solução deste problema.

"Passa-a para os seus ministros que acabam também por não responder àquilo que é hoje exigido, haver uma discussão entre as organizações de trabalhadores e o Governo", advertiu o dirigente sindical.

Neste momento, a Frente Sindical e a Comissão de Trabalhadores da MEO esperam também que o ministro da Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, "a quem o primeiro-ministro delegou o facto", os receba, mas "até ao momento ainda não respondeu", realçaram.

"Acho que se deve indicar ao primeiro-ministro que não basta mandar a carta para o ministério. É preciso dar indicações de que o ministro tem que ouvir os representantes dos trabalhadores e procurar intervir no sentido de se encontrar uma solução para o problema", salientou José Manuel Oliveira à Lusa.

E a propósito considerou ainda que se houvesse um Governo no país que "tivesse também uma preocupação em relação ao trabalho, num momento em que desenvolve um conjunto de propaganda em torno dos dinheiros que virão para Portugal, veria que não há futuro para o país sem trabalhadores".

Nesse sentido, acham igualmente que "deveria haver alguma preocupação do primeiro-ministro (António Costa) relativamente a este problema e aos demais problemas que existem no mundo do trabalho em Portugal", concluiu.

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