Os preços dos combustíveis continuam a aumentar em Portugal Continental - sendo que a gasolina já encareceu 25 cêntimos só desde o início do ano -, mas o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), António Comprido, estima que a tendência agora é de estabilização, mas com tendência ligeira para subida.

"A tendência dos preços vai ser estabilizar com uma ligeira tendência de subida. Não acredito que haja espaço para maiores aumentos", disse António Comprido, em declarações à RTP.

Atualmente, o preço médio da gasolina simples 95 é de 1,656 euros por litro, segundo os dados atualizados no dia 4 de julho de 2021. São mais 25 cêntimos do que no início do ano. 

No caso do gasóleo, o acréscimo também é evidente: o preço médio era de 1,245 euros por litro no primeiro dia do ano e, agora, é de 1,448 euros por litro. São mais 20 cêntimos.  

O secretário-geral da Apetro explica que os aumentos que têm sido registados nas últimas semanas são uma correção face às quebras verificadas no ano passado: "Os preços altos resultam, basicamente, de uma correção dos preços que estamos a assistir desde novembro do ano passado, depois de uma queda muito significativa que houve em 2020, devido às restrições que a pandemia provocou e à grande quebra do consumo."

No ano passado, recorde-se, chegou a ser comercializado em território nacional gasóleo por menos de um euro por litro. Isto aconteceu em abril, por altura do primeiro confinamento no âmbito da pandemia. 

Desde então, explica António Comprido, "houve uma recuperação" dos preços da matéria-prima nos mercados internacionais. 

Qual é a 'fatia' dos impostos?

De acordo com a ERSE, as taxas e impostos que o contribuinte paga ao comprar combustíveis são os seguintes: Taxa de adicionamento sobre as emissões de dióxido de carbono;  Imposto sobre Produtos Petrolíferos; Contribuição de Serviço Rodoviário e IVA.

Ainda segundo a ERSE o 'peso' das taxas e impostos no preço é, em média, de 65% no caso da gasolina e de quase 60% no caso do gasóleo. 

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