"Há uma expectativa bastante elevada" em relação ao PRR
O diretor-geral da Cisco Portugal, Miguel Almeida, afirmou, em entrevista à Lusa, que há uma "expectativa bastante elevada" em relação ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e é uma "oportunidade única para Portugal".
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Economia PRR
"Há uma expectativa bastante elevada à volta do PRR e do programa de fundos que foi desenhado", disse o diretor-geral da tecnológica, recordando que Portugal foi "o primeiro país a entregar oficialmente o plano".
Na sua opinião, "foi feito um belíssimo levantamento de trabalho à cerca do tema dos investimentos que têm de ser feitos" no país.
"Acho que pode ser realmente uma oportunidade única para Portugal realmente abraçar a questão digital", considerou, salientando tratar-se de um "reforço do que já tinha sido feito com a criação do grupo do secretário de Estado para Transição Digital", André de Aragão Azevedo.
Com "todo o trabalho que foi feito de forma a cimentar estes projetos à volta do digital, acho que temos aqui uma oportunidade muito boa", sublinhou Miguel Almeida.
"Obviamente temos uma outra oportunidade também excelente, porque realmente a Cisco tem também uma série de coisas à volta disso, que é a questão do 'green' [ambiente]", pelo que "acho que vai aqui haver uma conjugação de vontades que vai beneficiar as pessoas", prosseguiu.
"Somos empresas, queremos fazer negócio e levar o país para a frente, mais o mais importante é que realmente as pessoas sintam essa diferença", defendeu.
"Eu acredito que com o que está a ser feito ao nível da formação, ao nível do desenvolvimento - há uma série de coisas que estão a ser feitas - vai criar" um conjunto "de oportunidades" e uma "sociedade que possa responder aos desafios que vêm aí", sublinhou.
Miguel Almeida recordou que a Cisco Portugal tem a decorrer o programa Country Digitization Acceleration (CDA), na sequência do memorando de entendimento assinado com o Governo português, que "tem como principal objetivo acelerar a transformação digital do país".
O diretor-geral salientou que, com o que o Governo tem feito neste âmbito, mais o PRR "virado para digitalização", há "aqui uma capacidade de acelerar" a transformação digital de Portugal.
"É uma grande oportunidade, espero que as pessoas estejam todas conscientes que temos de agarrar esta oportunidade", considerou, salientando que "não cabe apenas ao Governo ser a entidade que tem de fazer tudo".
Para Miguel Almeida, "as empresas, as organizações, também têm de estar preparadas para isso".
"Há uma série de coisas que estão a ser feitas, o mundo não parou obviamente à espera do PRR. Há aqui uma expectativa muito elevada que isto vai ajudar realmente o país a transformar-se" e isso "é o mais importante", reforçou.
Sobre a retoma, disse que "há vários prismas", salientando que no caso da indústria da tecnologia, esta "teve um crescimento com a pandemia".
Esta retoma "é mais para alguns setores em Portugal que outros", mas "obviamente que as empresas tecnológicas precisam de uma economia forte" em todas as áreas "a laborar como trabalhavam antes da pandemia", prosseguiu.
Ou seja, "apesar da tecnologia não ter sido muito afetada, há uma preocupação" relativamente a "áreas de negócio em Portugal que tenham sido verdadeiramente afetadas", como é o caso do turismo, que teve "uma paragem".
No entanto, mostrou-se convicto que a retoma "vai vir aí".
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